A Petrobras não vai reajustar os preços da gasolina e do diesel até que a empresa recupere a defasagem do período em que os dois combustíveis permaneceram sem reajuste, entre 2005 e 2 de maio do ano passado. "Quando fizermos o ajuste (dos preços), será porque teremos recuperado (a defasagem).
Mas acredito que essa recuperação não vai ser muito demorada", frisou o diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa.
A Petrobras vem sendo alvo de críticas de especialistas por não repassar para o consumidor brasileiro o efeito da queda do barril do petróleo, que chegou a atingir US$ 147 no ano passado e atualmente está em torno de US$ 50.
Costa lembrou que durante três anos a companhia não repassou a volatilidade para o consumidor brasileiro, em um período de alta da commodity. Segundo ele, o aumento de 15% do diesel e de 10% da gasolina nas refinarias em maio do ano passado não compensou o período em que a empresa manteve os preços inalterados enquanto os valores do petróleo seguiam em escalada rumo ao recorde de US$ 147 atingido no ano passado.
O reajuste em maio foi seguido pela forte queda dos preços do insumo depois do agravamento da crise financeira, em setembro. Com a queda dos preços do óleo cru, a Petrobras começou a recuperar parte das perdas, mas ainda não as recuperou totalmente.
O executivo não revelou qual o valor de receita que a empresa perdeu entre 2005 e 2 de maio do ano passado, assim como não deu dados sobre o quanto dessas perdas já foram recuperadas depois que os preços do petróleo começaram a recuar.
"Analisamos os preços internos no longo prazo. Pode ter quem concorde e quem não concorde, mas isso não vai mudar", ressaltou Costa.