Cinco ministros, governadores, prefeitos, acadêmicos e centenas de militantes do PT participaram neste sábado, no Rio de Janeiro, do seminário "Uma nova mensagem para Uma Nova Caminhada". O evento promovido pelo partido foi marcado por manifestações de apoio à candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República em 2010.
Indagada sobre as manifestações de carinho recebidas, Dilma repetiu o secretário-geral nacional da Executiva do PT, deputado federal José Eduardo Cardoso (SP): "A gente não pode controlar os militantes". Ela assegurou, porém, que o encontro não tinha esse objetivo. "A reunião era para discutir a crise. E foi o que eu fiz."
A ministra disse que a sucessão presidencial "tem que ficar para 2010". Ela fez, inclusive, um apelo para que a questão não fosse tocada durante o seminário. "Mas, você não controla". Dilma disse ainda que o processo terá de ter um desdobramento interno no partido. "Ninguém sai candidato desse jeito. E nem pode".
Para a ministra, a queda de 9 pontos percentuais na avaliação positiva do governo Luiz Inácio Lula da Silva foi "bastante pequena" e que, em um momento difícil de crise, não poderia haver outra reação. Segundo ela, as pesquisas de opinião não devem ser pauta de governo. "E vou dizer sinceramente: não acho muito relevante isso".
A ministra enfatizou a necessidade de que haja uma consciência política de que, hoje, a missão fundamental do governo é enfrentar a crise. "Essas outras questões são laterais. Não podem ser o fulcro nem o foco de toda a discussão política".
Durante o seminário do PT, os ministros Carlos Minc (Meio Ambiente), Tarso Genro (Justiça), Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) e Nilcéia Freire (Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres) manifestaram apoio a uma eventual candidatura de Dilma à Presidência da República.
Para a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, chegou o momento das mulheres assumirem um papel maior na política nacional. Ela afirmou que Dilma é a representante do sexo feminino mais capacitada atualmente para enfrentar o desafio de assumir a Presidência da República.