A Prefeitura de Diadema, na região do ABC paulista, informou nesta segunda-feira deve notificar nos próximos dias os proprietários da empresa Di-All Química e Distribuição que pegou fogo na última sexta-feira, no Jardim Ruyce. De acordo com a prefeitura, a empresa deverá ressarcir os cofres públicos pelos valores gastos para a limpeza da área e remoção de resíduos e entulhos.
O proprietário do galpão, que alugou o local para a empresa, também receberá notificação da prefeitura. Ele será responsável pela demolição do prédio após a liberação da Polícia Científica.
A prefeitura ainda informou que os moradores que aderiram ao programa auxílio-aluguel devem receber a primeira parcela do benefício ainda esta semana.
A Defesa Civil do liberou nesta segunda-feira 15 casas que haviam sido interditadas devido ao incêndio. De acordo com a prefeitura, outras três residências ainda permanecem bloqueadas.
Intoxicados
O incêndio início por volta das 7h30 de sexta-feira. Os Bombeiros só controlaram as chamas pouco antes das 11h. Explosões causados pelos produtos químicos armazenados no local dificultaram o trabalho. Pelo menos cinco pessoas foram socorridas no local pelas equipes de resgate, vítimas de intoxicação. Dez pessoas foram atendidas em hospitais de Diadema.
Moradores de cerca de 30 casas da região foram retirados do local e três escolas foram fechadas. Em uma delas, a mais próxima do incêndio, havia 150 crianças no momento em que o fogo começou.
Alvará
Segundo informações da prefeitura de Diadema, a Diall Química e Distribuição operava regularmente e tinha uma alvará de licença de 2008. O prefeito de Diadema, Mário Reali, afirmou que uma investigação foi aberta para apurar se a Diall Química e Distribuição, atingida por um incêndio na manhã desta sexta-feira, armazenava quantidade de produtos químicos acima do permitido.
Por volta das 16h30, a prefeitura iniciou a preparação de uma espécie de dique atrás do prédio da empresa, para evitar que produtos inflamáveis possam escorrer para a rua Henrique de Léo. A barreira é construída com o auxílio de tratores, que colocam um material conhecido como pó de pedra (utilizado na construção civil) nas proximidades das paredes da empresa.