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Trocas de acusações, agressões físicas e verbais e muito empurra-empurra, provocou o encerramento da sessão no legislativo, e deixou a Câmara Municipal de São Bernardo com um clima de “ringue’, nesta quarta-feira.
Falta de ética seria a melhor definição, para este grande tumulto que envolveu, assessore, vereadores e moradores, e o motivo da discórdia nada tinha a ver com os interesses da cidade.
A razão que levou o Vereador Ramos de Oliveira(PPS) a acusar o vereador petista Zé Ferreira de tê-lo agredido com uma cabeçada durante a confusão em plenário, foi um requerimento dispondo a inclusão nos anais da Casa de um texto do juiz Rui Coppola, publicado no dia 24 de abril no jornal o Estado de São Paulo e que repercutiu nacionalmente ao rebater as críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defendia a criação de um controle externo para fiscalizar o judiciário, abrindo-se o que chamo de “ caixa - preta”. Zé Ferreira disse que não poderia aceitar a votação, já que o texto se apresentava de forma “ preconceituosa “ em relação a Lula. O presidente da Câmara, Laurentino Hilário, foi para a tribuna e questionou , dizendo que os petistas, ao ouvirem determinadas posições que os desagradam, chegam a ser “ fascistas” e “xiitas”, e ainda lembrou casos de vereadores rebeldes que podem ser expulsos por discordarem da Reforma da Previdência em curso no congresso.
Segundo Ramos, Zé Ferreira tentou impedir o discurso de Laurentino, esmurrou algumas pastas na Mesa Diretora e teria dado uma cabeçada no líder do governo. “ Ele (Zé Ferreira) se desequilibrou. As divergências são normais, mas agressões não levam a lugar nenhum”, criticou.
A confusão entre os vereadores incitou as pessoas presentes, que gritaram contra Laurentino Hilário e foram intimidadas por dois assessores do presidente.
O vereador e líder do governo na Câmara, Ramos de Oliveira, protocolou ofício ao presidente solicitando medidas para que o vereador Zé Ferreira seja punido pela cabeçada que teria desferido contra ele e que os funcionários sejam obrigados a portar crachá.
O líder do governo também acusou os vereadores petistas de colocarem seus funcionários para “agitarem as sessões”. “Os vereadores do PT têm colocado funcionários deles para insuflar, agitar durante a sessão, e agredir os vereadores da bancada de sustentação. Esse não é o papel do funcionário.”
O vereador Zé Ferreira não foi localizado, até o fechamento desta edição, para comentar as acusações de Ramos, mas teria, de acordo com comentários de assessores, negado a agressão. “Não dei cabeçada nenhuma. Ele veio atrás de mim me xingando, me chamando de covarde”, disse um assessor reproduzindo fala do vereador petista e continua:. “Eles estão muito nervosos é com a pressão popular”.
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