O Ministério Público de São Paulo ajuizou na quinta-feira ação civil pública contra a empresa Di-All Química e seus proprietários - Rogério Lopes da Silva e José Maria Albuquerque Maranhão - a mulher de Maranhão, Eliana Aparecida dos Santos Maranhão, e Tsuneo Honji, dono do imovel onde funcionava a empresa, em Diadema, na região do ABC Paulista. Na ação, o MP pede a indisponibilidade dos bens da empresa e de seus sócios.
No dia 27 de março, o imóvel foi atingido em um incêndio que destruiu 18 casas vizinhas, carros e parte da rede elétrica do bairro. Cinco pessoas ficaram intoxicadas e outras duas tiveram escoriações leves após tentarem fugir das chamas pelo telhado de suas residências. Moradores de cerca de 30 casas da região foram retirados do local e três escolas foram fechadas.
De acordo com o MP, os sócios modificaram a destinação da empresa para depositar no galpão produtos inflamáveis, sem o conhecimento da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e do Corpo de Bombeiros. Segundo o MP, esse fato foi responsável pela ocorrência e pelas proporções que o incêndio tomou. O MP ainda cita a possibilidade de que o depósito fosse usado para estocar produtos para adulteração de gasolina.
Na ação, o Ministério Público pede ainda que os réus iniciem, no prazo de 10 dias, o processo de análise ambiental e remediação da área impactada pelo incêndio, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.
