O presidente do Paraguai, o ex-bispo Fernando Lugo, pediu nesta sexta perdão pelo escândalo que enfrenta por causa dos pedidos de paternidade, assegurando que cumprirá com seu mandato que termina em agosto de 2013.
"Eu, pessoa humana imperfeita, fruto de processos históricos, perfil da minha cultura, assumirei com todas as responsabilidades presentes e futuras aquelas situações que me concernem não só com a atitude de respeito à justiça e à verdade, mas com a multiplicação do afeto e da atenção", disse o chefe de governo.
Lugo, após as duas novas reivindicações de paternidade, e depois que reconheceu como filho um menino de dois anos, disse "ao pedir perdão reiteradamente, assumo, ao mesmo tempo, que sou o presidente que o Paraguai elegeu para promover uma mudança sem retorno e essa mudança não será detida".
"De nenhuma maneira, permitirei que estas circunstâncias atinjam ações de interesse nacional, execução de grandes planos e projetos que marcam a passagem de um Paraguai sonhado por todos e todas", alegou.
Fernando Lugo só reconheceu ter engravidado a mãe do menino, Viviana Carrillo, quando ainda era bispo de San Pedro, depois que dois advogados apresentassem uma reivindicação de filiação em Encarnación, no sul do país.
Segundo Viviana, 26 anos, os dois começaram a se relacionar há dez anos, portanto, quando ela ainda era menor de idade. Depois desse caso vir à tona, mais duas mulheres afirmaram também ter filhos com Lugo, e uma delas apresentou nova reivindicação de paternidade à Justiça.
Trata-se de Benigna Leguizamón, 27 anos, que na quarta-feira recorreu à Vara da Infância e da Adolescência de Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil, vizinha a Foz do Iguaçu (PR).
Quase ao mesmo tempo, Damiana Hortensia Morán Amarilla, 39 anos, disse aos jornalistas que teve outro bebê com o presidente, Juan Pablo, hoje com 1 ano e 4 meses.
