As manifestações de apoio que vem recebendo desde que tornou público o seu câncer linfático deixaram a ministra Dilma Rousseff comovida. Em entrevista exclusiva ao jornal O Dia, a titular da Casa Civil demonstrou otimismo com relação à doença, mas disse que poderá diminuir o ritmo de suas atividades por causa do tratamento, se isso for necessário.
Candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sua sucessão em 2010, Dilma comunicou, no último sábado, em entrevista coletiva, ter se submetido a uma cirurgia para a retirada de um tumor linfático na região da axila. Como reforço ao tratamento da doença, ela deverá se submeter a quatro meses de quimioterapia.
Segundo a ministra, o que mais a emociona é a forma como as pessoas se aproximam dela prestando apoio. "Geralmente a pessoa chega, me aperta a mão, olha no meu olho. E naquele olhar tem um nível de solidariedade imensa, que me deixa estarrecida. Às vezes, a pessoa me diz que já passou por isso e superou. Sempre uma mensagem de otimismo", disse Dilma.
A chefe da Casa Civil também declarou que pretende fazer algumas manifestações sobre seu estado de saúde durante o tratamento e que pode reduzir o ritmo de atividades para obter uma melhor recuperação, se isso lhe for recomendado. No entanto, ela ressaltou que a medida ainda não é necessária.
"Estou fazendo aquilo que posso. Se for necessário em algum momento futuro, eu faço isso (diminuo o ritmo). Mas nada indica que será. Agora, tenho que ter cuidado", comentou.