O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), anunciou nesta quarta-feira a devolução de mais de R$ 42 mil à mesa do Senado em créditos de passagens relativos a outubro, novembro e dezembro de 2007, que não foram utilizados. Ele também assegurou ter devolvido mais de R$ 15 mil relativos ao deslocamento à China, e anunciou a devolução, realizada na terça-feira, de R$ 5.221,35 referentes a passagens emitidas para sua namorada, a jornalista Mônica Dallari. As informações são da Agência Senado
Reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo apontou que ele usou recursos de sua cota de passagens para emitir bilhete internacional para Mônica em 2007. De outubro daquele ano até março de 2009, ele disser ter mais de R$ 239 mil em créditos para viagens, o que, em sua opinião, demonstra "rigor" no uso.
Suplicy pediu desculpas a seus filhos e familiares pelo sofrimento que possa ter causado e, especialmente, a Mônica Dallari, pessoa a quem, conforme disse, tanto estima. "Peço desculpas. Trata-se de questão de minha responsabilidade", declarou.
Regulamentação das passagens
Em abril, após denúncias sobre o uso abusivo do direito a passagens aéreas, o Senado e a Câmara dos Deputados aprovaram restrições às cotas. Antes disso, o uso não era regulamentado e era permitido que o parlamentar cedesse bilhetes a quem quisesse. No Senado, as novas regras determinam que cada parlamentar tem direito a cinco viagens ao Estado de origem por mês. Foi determinado também que os assessores só poderão usar as passagens em serviço e sob autorização da mesa diretora da Casa.
