Um submarino nuclear francês se juntou nesta quarta-feira, dia 10, às equipes de busca da Aeronáutica e da Marinha na tentativa de localizar as caixas-pretas do Airbus A330. O equipamento é fundamental para esclarecer o que pode ter acontecido com o voo 447 antes da queda no Oceano Atlântico com 228 passageiros a bordo, durante o trajeto entre Rio de Janeiro e Paris, no último dia 31.
De acordo com o Ministério de Defesa francês, o submarino Emeraude começou os trabalhos de busca na manhã desta quarta-feira. Ele conta com a ajuda de dois TPLs (towed pinger locators) enviados pelo Departamento de Defesa dos EUA para ajudar a captar o “pinger”, um sinalizador que é acionado quando a caixa-preta está imersa em água. A tecnologia é capar de capturar sinais a profundidades de até 6 mil metros.
Resgate de corpos
Enquanto isso, equipes brasileiras se concentram no resgate de corpos. Segundo a Marinha e a Aeronáutica, 41 vítimas do voo AF 447 já foram retiradas do mar. "Até o momento, todos os corpos avistados foram retirados do mar´", informou o tenente-brigadeiro da Força Aérea Brasileira (FAB), Ramon Cardoso na tarde de terça-feira.
Segundo ele, 16 corpos já estão em Fernando de Noronha. Nesta quarta, eles devem partir para Recife, em Pernambuco, onde será feita a identificação das vítimas. "Os outros 25 já estão na fragata Bosísio, que já partiu da área de buscas em direção a Fernando de Noronha", disse Cardoso. "A fragata deve chegar, provavelmente, na quinta-feira no continente", completou.
As fragatas brasileiras também estão recolhendo destroços do avião da Airbus. "Eles serão trazidos até o continente e só depois serão enviados às autoridades francesas, que ficarão responsáveis pela investigação do acidente”.
O oficial explicou ainda que todos os corpos encontrados até o momento estão em águas brasileiras, mas, como a cada dia aumenta a área de buscas, a partir desta quarta, os navios devem entrar na jurisdição de Dacar, no Senegal. “É possível que eles nos auxiliem na operação, mas ainda vamos discutir isso melhor”.