Quando o egípcio Al Muhamadi colocou o braço para evitar o gol de Lúcio, aos 44 minutos do segundo tempo, os jogadores da seleção brasileira correram desesperados em direção ao árbitro inglês Howard Webb. Afinal, o Brasil só empatava em 3 a 3 com o Egito na estreia na Copa das Confederações, na África do Sul.
O árbitro claramente apontou escanteio. Passados alguns segundos, com o tumulto em volta dele, Webb resolveu mudar de idéia. De repente, o escanteio virou pênalti. O jogador do Egito foi expulso. E Kaká bateu com perfeição para fazer 4 a 3 para o Brasil.
O que teria acontecido para o juiz mudar de idéia? Para os jogadores da seleção brasileira, não há dúvidas. "Acho que o quarto árbitro foi quem avisou", disse o meia Kaká, apoiado por Luis Fabiano. "Ainda bem que a tecnologia nos ajudou desta vez", comemorou o volante Felipe Melo.
O quarto árbitro "amigo" da seleção brasileira era o australiano Matthew Breeze, que poderia ter se comunicado com Webb por um ponto eletrônico. Mas será que Breeze viu o lance na TV antes de "aconselhar" o árbitro do jogo? Isso, para a Fifa, é proibido.
O curioso é que Howard Webb, depois do jogo, negou que tenha recebido qualquer comunicação para mudar o escanteio e apontar pênalti. "Foi minha consciência que me fez mudar", teria dito. "Isso é problema do Egito, não nosso", falou o técnico Dunga, do Brasil. "Em alguns momentos do jogo é bom ter a contribuição (externa)."