O ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia pode ter aproveitado os atos secretos para infiltrar assessores nos gabinetes sem o conhecimento dos parlamentares. Em 2007, ele nomeou a filha de Valdeque Vaz de Souza, seu braço direito na Casa, para trabalhar em um gabinete, transferindo-a depois para o do petista Delcídio Amaral (MS).
"Os culpados de tudo isso somos nós mesmos, que aceitamos que esse delinquente ficasse por tanto tempo à frente da Diretoria-Geral", afirmou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Uma declaração do então diretor-geral - exonerado ontem - José Alexandre Gazineo garante que o parlamentar jamais pediu a nomeação da filha de Vaz de Souza.
Demóstenes assumiu, porém, a nomeação secreta de um outro funcionário da Casa. Abrigou no gabinete um filho do ex-diretor de Recursos Humanos, João Carlos Zoghbi. O nome de Marcelo Zoghbi aparece na lista de atos secretos. Ele foi exonerado no ano passado em meio ao cumprimento da decisão antinepotismo do Supremo Tribunal Federal (STF).