Um levantamento realizado pela ONG Transparência Brasil indica que 45% dos integrantes da Assembleia Legislativa de São Paulo (42 de 94 deputados) e 43% dos parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (30 de 70 integrantes) respondem a inquéritos ou ações penais na Justiça, tiveram prestação de contas rejeitada na Justiça Eleitoral ou foram punidos por Tribunais de Contas.
De acordo com a ONG, as acusações contra deputados estaduais paulistas variam entre estelionato, falsificação de documentos, abuso de poder econômico, compra de votos, crime contra o patrimônio, irregularidade em contratos e licitações. No Rio, os deputados estaduais são suspeitos de formação de quadrilha, extorsão, estelionato, abuso de poder econômico, compra de votos e até homicídio qualificado.
Tanto em São Paulo como no Rio, integrantes da cúpula da Assembleia Legislativa têm ocorrência na Justiça. Também no Conselho de Ética de ambas as Casas há integrantes com pendências no Judiciário ou punições em Tribunais de Contas. No Rio, mais de metade dos parlamentares desse colegiado têm ocorrências na Justiça ou em Tribunais de Contas. Em São Paulo, são dois a cada cinco.
Onze dos 15 partidos representados na Assembleia Legislativa de São Paulo têm um ou mais de seus integrantes entre os citados na Justiça ou em Tribunais de Contas. Entre os três partidos que têm mais de 10% das cadeiras da Casa (PSDB, PT e DEM), o DEM é que apresenta a maior proporção de citados, com 45% dos integrantes, contra 42% do PT e 39% do PSDB.
No Rio, o PMDB é, das três maiores bancadas, o partido que tem a maior proporção de citados: 47%. O PSDB e o DEM empatam com 33%.
