O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, sábado dia 22, em Rio Branco (AC) que acha difícil que a senadora pelo Estado Marina Silva, que recentemente saiu do PT, cause problemas para a possível campanha da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República em 2010. As informações são da Secretaria de Imprensa da presidência.
Marina Silva deixou o PT após convite do Partido Verde (PV) para que concorra à presidência pela legenda no ano que vem. Marina, contudo, não anunciou a filiação ao PV ou a campanha à sucessão de Lula.
"É muito difícil alguém dividir o eleitorado do PT. Acho que nem eu divido eleitorado do PT. Petista é que nem flamenguista, que nem corintiano, não se divide nunca", disse Lula.
Sobre o discurso do senador José Mercadante (PT-SP), que desistiu de deixar a liderança do partido no Senado após conversa com Lula, o presidente disse que não viu o anúncio do parlamentar. Após deixar o Acre, Lula viajou para a Bolívia para se encontrar com o presidente, Evo Morales.
Na Bolívia O presidente brasileiro chegou ao aeroporto da localidade de Chimoré por volta das 11h45 de Brasília, a bordo de um avião da FAB. Na região do Chapare, no centro da Bolívia, ele se reune com seu colega boliviano, Evo Morales, e assinará um contrato para o financiamento de uma estrada e repassará a agenda bilateral.
Acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e do ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, o chefe de Estado brasileiro foi recebido com honras militares por Morales e pelo vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera. Lula e o presidente da Bolívia se reinem num restaurante próximo ao aeroporto para falar das relações energéticas, da venda do gás boliviano ao Brasil, das dívidas da Petrobras com a Bolívia e da luta contra o narcotráfico, entre outros temas.
Na pauta também está a análise de um convênio de cooperação científica e tecnológica para o uso das maiores reservas de lítio do mundo, que ficam no oeste boliviano. A agenda do encontro inclui ainda uma visita ao estádio da localidade de Villa Tunari, onde ambos assinarão um contrato para que o Brasil financie US$ 332 milhões que serão usados na construção de uma estrada no centro do país.
Antes de chegarem ao Chapare, Lula e sua comitiva fizeram uma escala no terminal aéreo da cidade de Cochabamba. Na localidade, o presidente foi recebido pelo prefeito Gonzalo Terceros e pelos ministros das Relações Exteriores, David Choquehuaca, e da Justiça, Celima Torrico.