O ex-piloto da Renault Nelsinho Piquet voltou a atacar o ex-chefe da equipe Flavio Briatore, nesta segunda-feira, e demonstrou arrependimento por ter participado da manipulação de uma corrida de Fórmula 1 no ano passado.
Após a Renault ter recebido uma pena condicional de dois anos de exclusão da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) por ter mandado Nelsinho bater de propósito em um muro no GP de Cingapura de 2008, o brasileiro disse que espera ter a chance de "começar do zero" em outra escuderia.
Nelsinho, que fez a denúncia da armação à FIA após ter sido demitido pela equipe em agosto, disse em um comunicado emotivo que sua passagem pela Renault sob comando de Briatore foi um pesadelo.
"Após sonhar em me tornar um piloto de Fórmula 1 e ter trabalhado tanto para chegar lá, eu me vi à mercê do sr. Briatore", disse ele.
"Seu verdadeiro caráter, que antes só era conhecido por aqueles que ele tratava dessa forma, agora foi revelado. O sr. Briatore foi meu agente e chefe de equipe, ele tinha o meu futuro em suas mãos, mas não se importou. No GP de Cingapura, ele me isolou e me empurrou para o ponto mais baixo que já tive em toda a minha vida", acrescentou.
Nelsinho, filho do tricampeão mundial Nelson Piquet, disse que agora não consegue acreditar como aceitou o plano apresentado a ele por Briatore e Symonds na manhã da corrida.
"Ouvindo agora a reação do sr. Briatore à minha batida e ouvindo os comentários que ele fez na imprensa nas duas últimas semanas, está claro para mim que eu estava apenas sendo usado por ele, para então ser descartado e ridicularizado."