A Prefeitura tem investido de forma contínua, desde 2002, na implementação dos Laboratórios de Informática, nas Escolas Municipais de Educação Básica (EMEB). O Programa de Educação Tecnológica é um sucesso. Só neste mês, mais sete Associações de Pais e Mestres recebem repasses de verba para a criação de novas unidades, o que representa R$ 1.125.900,00 em investimentos.
Com o objetivo de complementar o que a professora ensina em sala de aula, os Laboratórios de Informática passaram a ser uma importante e moderna ferramenta pedagógica aos alunos do Ensino Fundamental.
De forma criativa, ilustrativa e dinâmica, as crianças aprendem a utilizar diversos softwares - de textos, imagens e jogos -, durante 50 minutos semanais. “Não vejo a hora de chegar à aula no laboratório para mexer no power point e word”, conta Patrick Velasques Peçanha, 10 anos e aluno do 2o ano –Ciclo 2, EMEB Prof. Otílio de Oliveira.
As aulas são acompanhadas pela professora da turma e uma monitora. “Tudo o que começa em sala chega ao Laboratório com a finalidade de aprofundar temas de todas as disciplinas, tirar dúvidas e fazer o aluno pensar sem perceber”, afirma o prefeito William Dib.
No entanto, o maior benefício é sentido entre os que possuem dificuldades de aprendizado e problemas de disciplina ou hiperatividade. Em vários casos, o computador auxiliou a escrita e leitura. Além disso, as professoras buscaram uma interessante alternativa para crianças agressivas ou levadas. Convidaram para que fossem monitores de outros alunos. “Em menos de um mês, eles começaram a ter um rápido desenvolvimento, que progride a cada dia”, lembra Admir Ferro, Secretário da Educação e Cultura.
O sucesso nos Laboratórios de Informática tem sido notado dentro e fora das EMEBs. As Associações de Pais e Mestres ajudam a compor as salas de aula, dando toques especiais na decoração e na disposição da mobília, de modo que o ambiente acaba se tornando personalizado em cada escola.
Além disso, quatro trabalhos desenvolvidos por crianças de 1ª a 4ª séries foram escolhidos para exposição na Estação Ciência, da Universidade de São Paulo, no ano passado. Um deles foi o projeto “O Livro de Bruxarias”, baseado no filme Harry Portter, escrito pelos alunos da EMEB José Ibiapino Franklin, localizada na periferia da cidade.
Computando números
Atualmente, a Secretaria de Educação e Cultura dispõe de 40 Laboratórios de Informática em pleno funcionamento, três deles localizados em escolas de educação para crianças especiais. No total, o Programa beneficia cerca de 35 mil estudantes. A previsão é que, até dezembro de 2003, esse número chegue a 63 Laboratórios.
Cada EMEB está equipada com 18 microcomputadores, duas impressoras, tevê 29 polegadas, web cam, vídeo, câmera fotográfica e gravadores de CD. As mesas foram especialmente desenvolvidas para que ocupassem pouco espaço e os monitores não ficassem em cima das mesas, possibilitando plena visão de tudo o que ocorre na sala de aula, inclusive no acompanhamento das instruções da professora.
No caso das escolas para crianças especiais, o diferencial está nas salas menores que abrigam seis computadores. Os monitores estão em cima das mesas, para melhor visualização e os mouses e equipamentos de audição são especiais.
Vale ressaltar que todos os professores recebem treinamento especial na Escola do Futuro, promovido pela USP.
Bibliotecas Turbinadas
A utilização da informática como aliada no cotidiano de 16 EMEBs e uma escola especial se dá também por meio das Bibliotecas Interativas, desde 1999. Equipadas com três microcomputadores, tevê, vídeo, som e acesso à Internet, a principal meta é fornecer amplo material de pesquisa, aprofundando o que foi dado em aula. O acervo foi selecionado para trazer um pouco de tudo: jornais, revistas, CD-Rom, fitas de vídeo, livros, entre outros. Com uma proposta inovadora, que nasceu da parceria com o Departamento de Biblioteconomia da USP, as unidades apresentam um ambiente agradável, nada comparável às silenciosas bibliotecas do passado. Os móveis podem ser transportados com facilidade, de modo que se tenha espaço para expressão oral, com apresentações e produções dos alunos e participação dos pais, em boa parte das vezes. “Queremos desenvolver nas crianças um senso crítico com discussão de conteúdo das informações”, salienta Admir Ferro. Em horários e dias alternativos, algumas escolas também abrem para a comunidade. Todo esse investimento e empenho da Prefeitura fizeram com que o município passasse a servir de referência para outras cidades. Em 2001, o projeto das Bibliotecas Interativas recebeu o Prêmio Desempenho, promovido pela Revista Livre Mercado.
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