Senadores se dividem sobre mudanças na Constituição

 

Politica - 06/10/2009 - 02:50:18

 

Senadores se dividem sobre mudanças na Constituição

 

Da Redação com Abr

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Ao completar nesta segunda-feira 21 anos de promulgação, a Constituição brasileira tem consenso dos senadores apenas no capítulo dos Direitos Sociais, ao considerar o texto original, aprovado pela Assembleia Nacional Constituinte de 1988.

As frequentes alterações no corpo da Carta Magna é um assunto que ainda divide os parlamentares e frequentemente é cobrada no Senado, onde tramitam 384 propostas de emendas à Constituição (PEC).

Pelo menos dois exemplos disso são o excesso de medidas provisórias editadas pelo governo e a ausência e uma reforma política ampla que possa readequar os dispositivos aprovados pelos constituintes.

Recentemente, o Congresso Nacional aprovou mudanças na legislação eleitoral, por meio de um projeto de lei, que passam a vigorar a partir de 2010. Um dos pontos foi a adoção de critérios para o uso da internet nas campanhas, que acabou liberado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sanção da matéria.

Para o senador Tião Viana (PT-AC), as cerca de 60 propostas de emendas à Constituição analisadas todo mês por parlamentares fazem com que o texto constitucional deixe de cumprir o seu papel de "manto de proteção" da sociedade. Segundo ele, é preciso que os senadores parem e reflitam sobre o papel do legislativo para não "vulgarizar" os trabalhos.

"Nas leis pendentes é necessário excluir o que não é essencial e avaliar o restante, mesmo porque muita coisa não deve ser tratada por alterações constitucionais mas por legislação ordinária", afirma Viana em suas críticas. Para ele, o Congresso deve deixar de ser "uma fábrica de leis".

Já o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) não compartilha com as avaliações do colega petista. Segundo ele, o texto constitucional, no decorrer desses 21 anos, foi aperfeiçoado frequentemente pelos congressistas. Ele destacou, por exemplo, as mudanças na economia com as quebras dos monopólios do petróleo e das telecomunicações.

De acordo com ele, a reforma política é uma das prioridades que deve se estabelecer na agenda do Parlamento como parte desse processo de aperfeiçoamento constitucional, avalia.

Ele não compartilha, entretanto, da análise de que o governo edita muita medida provisória, em grande parte sem necessidade. "O número elevado de medidas provisórias só existe porque o Congresso aceita tais textos", afirma, numa crítica à não instalação das comissões especiais que, em tese, deveriam analisar a admissibilidade e urgência das MPs, um preceito previsto na Constituição.

O líder do Democratas (DEM), José Agripino Maia (RN), ressaltou que a tarefa dos deputados e senadores neste momento, quando o assunto é reforma da Constituição, é ao longo do tempo realizar as adequações necessárias.

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