O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, qualificou nesta sexta o acordo alcançado com os líderes golpistas para que o Congresso decida sobre sua eventual restituição ao poder como um "triunfo para a democracia" do país.
"Só o fato de já estarem reconhecendo a necessidade de retroceder os poderes de Estado a 28 de junho de 2009 significa um triunfo para a democracia hondurenha e o retorno da paz para o país", disse Zelaya à Rádio Globo.
Para o líder deposto, o pacto também representa a possibilidade de que as eleições em Honduras aconteçam com "igualdade e liberdade".
Zelaya, que qualificou de "via-crúcis" o caminho para se chegar ao acordo, considerou o pacto "histórico" e pediu calma à população.
"Chamo toda a população, sem reparos sobre nenhuma das ideologias que neste momento estão em vigência: tomemos o acordo com satisfação e com calma e esperemos amanhã por sua assinatura final", comentou Zelaya à emissora, um dos poucos meios locais lhe deram apoio.
O líder deposto ressaltou que a missão americana liderada pelo subsecretário de Estado Thomas Shannon "teve um papel fundamental", da mesma forma que a Organização dos Estados Americanos (OEA), a União Europeia e todos os países da América.
Para Zelaya, o acordo tem que ser "uma garantia para que o sentido da interrupção democrática que significam os Governos de fato sejam experiências" que não voltem a se repetir em Honduras.