A ex-ministra do Meio Ambiente e senadora Marina Silva (PV-AC) disse que não foram convincentes as justificativas do governo federal sobre as causas do apagão que atingiu 18 Estados brasileiros entre a noite de terça e a madrugada de quarta-feira. "É claro que precisamos de uma resposta técnica definitiva. Ainda não temos isso", disse a senadora na tarde desta quinta-feira em Campinas, em uma palestra para empresários.
Para Marina, seria "fundamental para o Brasil" uma justificativa plausivel de técnicos e do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, quanto ao apagão. "É preciso que se faça planejamento, e investir (no setor energético). O Brasil pensa em hidrelétricas, sob a ótica de linhão. Nós temos a energia solar, a heólica", disse.
"Não vou fazer política com o assunto e quero mandar meu respeito e solidariedade com todos que sofreram com o apagão", afirmou.
Eleições de 2010
Sobre uma eventual candidatura à Presidência da República, Marina Silva disse que o assunto será discutido nas convenções do PV em janeiro. "É uma honra ser apontada como possível candidata. É um grande orgulho. Mas não vamos antecipar", disse na entrevista, em frente a um cartaz com um retrato seu desenhado e a sigla do PV.
Marina não descartou que o PV esteja "esticando conversas" com o Psol da ex-senadora Heloisa Helena, também apontada como provável candidata. "Somos amigas", afirmou, ao se referir à ex-colega de bancada. "Tenho muitos amigos no Psol, gente da militância, que deixou o outro partido, empresários, muitos das artes, da área de Direito", disse, sem mencionar a sigla do presidente Lula.
Segundo ela, apesar do PV e Psol terem propósitos e diferenças, "o propósito é que traçamos uma aproximação".
