O tal peso ideal nem sempre é o adequado para à sua saúde

 

Mulher - 03/06/2003 - 13:10:49

 

O tal peso ideal nem sempre é o adequado para à sua saúde

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O adiado encontro com a balança da fármacia e seus dígitos que atormentam a vida de muitos. Mas o que eles não sabem é que esses números pouco falam sobre a qualidade real do  peso

O adiado encontro com a balança da fármacia e seus dígitos que atormentam a vida de muitos. Mas o que eles não sabem é que esses números pouco falam sobre a qualidade real do peso

Entre as obsessões mais perseguidas e persecutórias dos dias de hoje, está atingir o tão falado mas pouco conhecido peso ideal. É como se, a cada copo de refrigerante, salgadinho ou até mesmo a cada folha de alface garfada, esse tal número, às vezes saído de calculadoras pra lá de impessoais ou então calcado nos padrões estéticos da anorexia universal, acendesse em neon piscante, abduzindo o fantasma da boa forma. Mas, afinal, será que aquela sua amiga que pesa 45 quilos precisa mesmo andar com um dente de alho na bolsa para afastar a inveja? Pode até ser que sim, se a “beleza” ainda for mais importante que a saúde. Ao contrário do que inconscientemente se pensa, quando se passa por uma farmácia e sobe-se numa balança, o arrepiante numerozinho que ali aparece não identifica apenas o chocolate de ontem à noite ou a pizza do fim de semana. Ele representa toda a massa corpórea, formada por ossos, músculos, órgãos internos, pele, cabelo, unhas, enfim, todos os componentes físicos do nosso organismo. É nessa informação que se baseia o método mais utilizado para medição do peso ideal, o Índice de Massa Corporal (IMC). “O IMC é uma fórmula que divide o peso em quilos pela altura ao quadrado, medida em metros. Depois esse número é comparado a uma tabela. Em linhas gerais, se o resultado obtido está entre 18,6 e 24,9, o peso está normal. Se for menor que 19, ele está muito baixo e acima 25, em excesso. Valores acima dos 30 indicam obesidade”, explica o endocrinologista Geraldo Santana, do Instituto Mineiro de Endocrinologia. No entanto, pegar a calculadora, se decretar gorda ou magra e ir chorar as mágoas por aí não é o melhor caminho para saber melhor sobre seu peso. O Dr. Geraldo acrescenta que, embora o IMC seja válido por sua praticidade e rapidez em identificar riscos para saúde em pessoas adultas, por se basear apenas em dados de peso e altura, desconsiderando a chamada massa magra, a idade e o sexo da pessoa, ele não é suficiente para saber se o corpo tem uma composição saudável. “O corpo humano tem basicamente dois tipos de massa, a magra, formada pela musculatura e os ossos, e a gorda, composta pela gordura. O que se deveria chamar de peso ideal é um ponto de equilíbrio entre esses dois pesos”, comenta a nutricionista e endocrinologista Cintia Lopes. Por isso, antes de passar o dia com uma módica porção de alfafa no estômago, é preciso medir o nível de gordura corporal para avaliar a qualidade do seu peso e conhecer a sua combinação ideal de massa. É para isso que existe o exame de bioimpedância. Ele avalia o percentual de gordura, de massa magra e hidratação, permitindo, com isso, calcular a faixa ideal de peso para cada pessoa, de acordo com o sexo e a idade. “É um exame relativamente simples e barato. Ele é totalmente indolor mas não é indicado para gestantes e portadores de marca-passo. Um impulso elétrico é disparado por dois eletrodos fixados nos pés da pessoa e, quanto maior é o percentual de gordura, maior é a dificuldade para a corrente atravessar o corpo. A bioimpedância é útil para informar o percentual total de gordura, ou seja, tanto a gordura que está debaixo da pele como a que está entre os órgãos”, explica o Dr. Geraldo. Em geral, um índice entre 18% e 27% para as mulheres e 13% e 22% para os homens, é considerado saudável. “Para quem pratica musculação ou aeróbica, esses números podem se alterar, inclusive em função da idade. Por isso a avaliação final precisa ser individual”, completa a Dra. Cintia, que conta ainda que não são raros os casos de pessoas que se surpreendem positivamente com o resultado do exame. E, como todo mundo sabe, ainda não inventaram fórmula melhor do que a reeducação alimentar para se manter num peso saudável e equilibrado. E isso é bem diferente do que uma simples dieta. “A reeducação alimentar envolve, além de um plano alimentar flexível e balanceado, mudanças efetivas e duradouras nos hábitos e comportamentos que prejudicam a perda de peso. É mais que apenas aprender o que engorda e o que emagrece, é condicionar o organismo a uma maneira mais saudável de se alimentar. Muitas vezes, o problema do peso fora do desejado está nas atitudes e no comportamento”, conclui o Dr. Geraldo. Portanto, aqueles tais dois quilinhos a mais que perturbam o sono de tanta gente, podem ser, na verdade, sinal de saúde.

O adiado encontro com a balança da fármacia e seus dígitos que atormentam a vida de muitos. Mas o que eles não sabem é que esses números pouco falam sobre a qualidade real do  peso

O adiado encontro com a balança da fármacia e seus dígitos que atormentam a vida de muitos. Mas o que eles não sabem é que esses números pouco falam sobre a qualidade real do peso

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