A participação na seleção brasileira Sub-20 e o status que ganhou no São Paulo transformam o meia-atacante Lucas em uma das maiores atrações no futebol nacional para os clubes europeus que buscam um novo talento. O próprio técnico Paulo César Carpegiani vê o camisa 7 em condições de brilhar no exterior.
"Essa é a realidade do futebol brasileiro, mas não existe proposta. Sei que depende tudo de valores, e com o Lucas não é diferente. Se chegarem com uma proposta valiosa, vai depender da direção. Mas o menino tem cabeça muito centralizada e tem condição fácil de vencer no futebol europeu. Ele tem raciocínio rápido e iniciativa, o que facilita muito para vencer na carreira", elogiou.
Ciente do assédio que só tende a crescer, a diretoria do Tricolor renovou o contrato do garoto recentemente, elevando a multa rescisória para 80 milhões de euros (cerca de R$ 180 milhões). E Carpegiani espera contar com o jogador no elenco por muito tempo.
"O ideal seria permanecer aqui, eu gosto sempre de ter esse tipo de jogador. É um menino de muita qualidade", elogiou o comandante, que considera o meia-atacante titular absoluto de sua equipe.
Porém, a fama também tem seu lado negativo. O treinador acredita que o atleta de 18 anos foi marcado de forma desleal no jogo passado do clube tricolor, na derrota por 1 a 0 para o Santa Cruz, pela Copa do Brasil.
"Vou começar na segunda a pensar no próximo jogo contra eles, mas espero só que a arbitragem seja realmente digna do futebol que tem de ser jogado. O Lucas foi caçado em campo. É um aprendizado importante e vale fazer marcação severa, mas aquele jogo foi pancadaria. A arbitragem deixou muito a desejar, deixou o jogo correr. Espero que no próximo tenha rigor para os dois lados, porque o menino sofreu até em lances fora da bola", disse.
Antes do duelo da Copa do Brasil, Lucas estará em campo neste domingo, às 16 horas (de Brasília), para ajudar o São Paulo na partida contra o Mirassol, pelo Campeonato Paulista, na Arena Barueri, já que o Morumbi está alugado para os shows da banda U2.