Copom aumenta Selic em 0,25 ponto, a 12% ao ano

 

Economia - 21/04/2011 - 21:23:18

 

Copom aumenta Selic em 0,25 ponto, a 12% ao ano

 

Da Redação com Terra

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

A decisão não foi unânime, dois integrantes votaram por 0,5 ponto percentual de aumento e cinco por 0,25 ponto.

A decisão não foi unânime, dois integrantes votaram por 0,5 ponto percentual de aumento e cinco por 0,25 ponto.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou, nesta quarta-feira, a Selic em 0,25 ponto, em linha com a aposta majoritária do mercado, elevando a taxa básica brasileira para 12% ao ano, o nível mais alto em dois anos.

A decisão não foi unânime, dois integrantes votaram por 0,5 ponto percentual de aumento. Cinco por 0,25 ponto. "Considerando o balanço de riscos para a inflação, o ritmo ainda incerto de moderação da atividade doméstica, bem como a complexidade que ora envolve o ambiente internacional, o Comitê entende que, neste momento, a implementação de ajustes das condições monetárias por um período suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta em 2012", disse o Copom, em nota.

O colegiado do BC deu sequência ao ciclo de aperto monetário iniciado em janeiro, quando decidira pelo primeiro aumento de 0,5 ponto, estratégia que vem sendo acompanhada de outras iniciativas do governo para tentar controlar a inflação.

A Selic entrou no ano de 2010 a 8,75% ao ano, patamar que foi mantido até a reunião de 28 de abril, quando a taxa foi elevada a 9,5% ao ano. Nas duas reuniões que seguiram, a de 9 de junho e a de 21 de julho, houve aumento, de 0,75 ponto percentual e de 0,5 ponto percentual, respectivamente. Nas últimas três reuniões, as de 1º de setembro, a de 20 de outubro e a que fechou o ano de 2010, em 08 de dezembro, a taxa foi mantida em 10,75% ao ano. Na penúltima reunião, em 19 de janeiro, ela foi elevada para 11,25% ao ano e na última, em 1º e 2 de março, ela foi para 11,75%.

Entenda como a Selic funciona
O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) é uma taxa que controla, de forma indireta, o valor os juros no País. Geralmente nos lembramos dela quando a economia está aquecida e a inflação ameaça, ou ao contrário, quando a economia mostra sinais de fraqueza e precisa de uma força para avançar.

Isso acontece da seguinte maneira: a Selic determina com qual taxa de juros o governo vai remunerar quem empresta a ele. Se ela está alta, os bancos preferem emprestar dinheiro ao governo. Se ela está baixa, compensa para os bancos emprestar para o mercado em geral, empresas e pessoas físicas.

Assim, em caso de Selic elevada, haverá menos dinheiro na praça para ser emprestado para empresas e pessoas, pois os bancos estão ganhando emprestando para o governo. Logo, pela lei de oferta e procura, o juro sobre o dinheiro que sobra para a população ficará mais alto. Se a Selic está baixa, os emprestadores vão procurar formas mais rentáveis de aplicar seu dinheiro e a quantidade para ser emprestada na praça fica maior, e o juro a ser cobrado, consequentemente, cai.

A Selic, então, fará diferença no juro que pagamos no cheque especial, no crediário, nos cartões de crédito. Essa relação, porém, não é imediata. Se a taxa Selic é aumentada em um dia, os juros do mercado não sobem no outro. Há um tempo necessário para que a mudança faça efeito, normalmente superior a um mês.

Barateando e encarecendo o crédito, a Selic tem o poder de controlar o consumo. Assim, ela é usada como instrumento para controlar a inflação. Quando o consumo está muito alto e há risco da inflação sair da meta estipulada pelo Banco Central, a Selic vai sendo jogada para cima e, desse jeito, freando a economia, o consumo e a alta nos preços.

A decisão não foi unânime, dois integrantes votaram por 0,5 ponto percentual de aumento e cinco por 0,25 ponto.

A decisão não foi unânime, dois integrantes votaram por 0,5 ponto percentual de aumento e cinco por 0,25 ponto.

A decisão não foi unânime, dois integrantes votaram por 0,5 ponto percentual de aumento e cinco por 0,25 ponto.

A decisão não foi unânime, dois integrantes votaram por 0,5 ponto percentual de aumento e cinco por 0,25 ponto.

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