Reduzir, reutilizar e reciclar são soluções interessantes para acabar com as sacolas plásticas e preservar o meio ambiente. Engajado em fazer algo de diferente e dar a sua contribuição, o setor supermercadista fez um acordo com o Governo de São Paulo que prevê o fim do uso dos saquinhos até o fim do ano. Mas é importante destacar que a parceria do consumidor neste projeto é fundamental.
É necessário haver uma mudança comportamental, sendo necessária uma colaboração mútua entre empresas, governos e consumidores.
As sacolas plásticas são derivadas do petróleo, substância não renovável, feita de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD). Estima-se que elas levam mais de cem anos para se decompor na natureza e que anualmente sejam consumidas em todo o Estado de São Paulo cerca de 2,5 milhões, o que resulta uma média de 63 unidades por habitante.
São números alarmantes. Para o meio ambiente como um todo e para o aquecimento global pela energia despendida na confecção, transporte e demais operações envolvidas.
Há um outro grande problema, a poluição dos mares e rios por este tipo de lixo. Sacolas plásticas no mar e nos rios são confundidas por peixes que se alimentam delas e acabam morrendo por obstrução do aparelho digestivo. Além disso, elas também são uma das causas do entupimento da passagem de água em bueiros e córregos, contribuindo para as inundações e retenção de mais lixo.
Porém, a culpa é de todos nós que, na correria do dia-a-dia, não paramos para pensar no meio ambiente, pois é automático fazermos as compras seja no supermercado, padaria, farmácia e colocá-las em sacolas plásticas e ao chegarmos em casa tentamos sua reutilização, que sempre é o caminho do lixo.
Por isso, a atitude deve começar de cada um. Por exemplo, como deputado estadual, criei o Projeto de Lei 745/2010, que proíbe a disponibilização de sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais no Estado de São Paulo. E, você como consumidor, ao ir ao supermercado, tente levar uma sacola permanente.
Quando assume uma postura dessas, além de minimizar o impacto sobre o planeta, você acaba por dar o exemplo a todos que o observam. Vocês não imaginam quantas pessoas você influencia simplesmente tomando uma postura correta. Não é só a pessoa que está no caixa ou o embalador, é o cara que está atrás esperando para passar, é a amiga da caixa que vai parar de usar sacolas por que um dia a amiga dela disse que alguém recusou as sacolas.
Além disso, é importante esclarecer os prejuízos que a sacola plástica causa no bolso do consumidor, que já paga por estas sacolas convencionais. O custo com as sacolas varia de 0,3% a 0,7% do faturamento bruto e, se o varejista não tiver essa despesa, poderá baratear o valor do produto.
Entretanto, temos que dar início à conscientização dos prejuízos que a sacola plástica efetua no planeta e a necessidade emergencial de mudanças, em prol do meio ambiente.
(*) Orlando Morando - Deputado estadual e Vice-presidente da APAS