Cinzas do vulcão chileno chegam ao Sul do Brasil

 

Internacional - 08/06/2011 - 21:24:40

 

Cinzas do vulcão chileno chegam ao Sul do Brasil

 

Da Redação com EFE

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Raios atingiram a cadeia vulcânica de Puyehue-Cordón Caulle, perto da cidade de Osorno do Sul. O vulcão estava adormecido havia décadas e entrou em erupção no último sábado (4)

Raios atingiram a cadeia vulcânica de Puyehue-Cordón Caulle, perto da cidade de Osorno do Sul. O vulcão estava adormecido havia décadas e entrou em erupção no último sábado (4)

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) constatou a presença de cinzas do vulcão chileno Puyehue nas regiões oeste, centro e sul do Rio Grande do Sul e no oeste de Santa Catarina. "Chove muito nessas regiões e as cinzas se misturam com a forte nebulosidade, tornando-se quase imperceptíveis", disse o meteorologista Flávio Varone, do 8º Distrito do Inmet, em Porto Alegre.

Segundo Varone, à medida que a nebulosidade se afasta em direção ao mar, movimento previsto para as próximas horas, as nuvens de cinzas também tendem a desaparecer. Uma massa de ar frio chegará à Região Sul na noite desta terça-feira trazendo geadas e temperaturas negativas no Rio Grande do Sul, Paraná e em Santa Catarina.

O professor de geologia da Universidade Federal do Paraná Luiz Eduardo Mantovani acredita que as cinzas devem atingir também o Paraná, mas, segundo ele, o teor de sílica (mineral presente nas cinzas vulcânicas) é insignificante, não trazendo nenhum risco à população.

As cinzas do vulcão Puyehue, que fica no sul do Chile, atingem também a Argentina e o Uruguai. O vulcão entrou em erupção no último sábado.

Espaço aéreo

Segundo o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), a camada de fumaça do vulcão está concentrada na faixa de 5.200 a 7.600 m. O CGNA, órgão do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), acompanha a evolução da nuvem por meio de informações trocadas com o Volcanic Ash Advisory Centres da Argentina, instituto responsável, segundo acordos internacionais, pelo monitoramento da situação nessa região do planeta.

"Recebemos informações a cada três horas ou sempre que houver alguma mudança significativa", afirmou o major-aviador Antonio Marcio Ferreira Crespo, gerente nacional do fluxo de tráfego aéreo.

O CGNA tem coordenado não só a mudança de destinos das aeronaves, que rumariam para aeroportos sob impacto da nuvem, mas também os desvios necessários que os voos não atravessem a área de risco.

Voos
A maioria dos voos do Brasil programados para esta terça-feira com destino aos aeroportos de Buenos Aires, Montevidéu, Assunção e Santiago do Chile foi cancelada por causa das nuvens de cinzas, em razão da baixa visibilidade nos países vizinhos.

Segundo um boletim atualizado pela Infraero às 16h, 63 dos 179 voos internacionais partindo do Brasil com decolagem ou aterrissagem previstas para a manhã desta terça-feira, ou seja, 35,2% do total, foram cancelados por diferentes razões.

A Infraero esclareceu que o cancelamento da maioria desses voos obedeceu à decisão das companhias aéreas de abster-se de voar para as regiões com dificuldades de visibilidade pela expansão das cinzas lançadas pelo Puyehue.

A companhia aérea mais prejudicada foi a TAM, que informou em comunicado que, pelo menos até as 12h desta terça-feira, cancelou um total de 35 voos, 11 que sairiam de São Paulo e nove de Buenos Aires.

Os voos cancelados pela TAM também estavam programados para deixar Assunção (6), Rio de Janeiro (4), Santiago do Chile (2), Montevidéu (2) e Porto Alegre (1) e seu cancelamento acabou afetando alguns que fariam escala em Ciudad del Este (Paraguai) e nas cidades bolivianas de Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra.

A TAM atribuiu as suspensões ao fechamento dos aeroportos de Buenos Aires, a previsão de fechamento do aeroporto de Assunção e, para garantir a segurança de seus clientes, à obstrução nas rotas de voo entre Brasil e Uruguai e Chile.

A empresa acrescentou que analisa permanentemente as informações disponíveis sobre a densidade e o deslocamento da nuvem de cinzas, e avalia que, neste momento, há riscos para a operação nessas rotas.

A companhia aérea afirmou que, como as condições meteorológicas e a atividade do vulcão estão mudando permanentemente, continuará avaliando a situação para definir quando poderá normalizar suas operações.

Já a Gol cancelou 11 voos que sairiam de São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre e Santiago do Chile com destino a Buenos Aires, além de todos seus voos com saída da capital argentina.

A disseminação de cinzas do complexo vulcânico chileno, que entrou em atividade no sábado, obrigou a companhia aérea chilena Lan a suspender na segunda-feira 35 voos, 25 deles previstos para esta terça-feira.

A Aerolíneas Argentinas também foi obrigada a cancelar nesta terça-feira todos seus voos domésticos e internacionais.

As autoridades aeronáuticas argentinas decidiram fechar desde a noite de segunda-feira seis aeroportos do sul do país, incluindo o da cidade de Bariloche, e nesta terça-feira fecharam os dois aeroportos de Buenos Aires.

Raios atingiram a cadeia vulcânica de Puyehue-Cordón Caulle, perto da cidade de Osorno do Sul. O vulcão estava adormecido havia décadas e entrou em erupção no último sábado (4)

Raios atingiram a cadeia vulcânica de Puyehue-Cordón Caulle, perto da cidade de Osorno do Sul. O vulcão estava adormecido havia décadas e entrou em erupção no último sábado (4)

Raios atingiram a cadeia vulcânica de Puyehue-Cordón Caulle, perto da cidade de Osorno do Sul. O vulcão estava adormecido havia décadas e entrou em erupção no último sábado (4)

Raios atingiram a cadeia vulcânica de Puyehue-Cordón Caulle, perto da cidade de Osorno do Sul. O vulcão estava adormecido havia décadas e entrou em erupção no último sábado (4)

Links

...Continue Lendo...

...Continue Lendo...

Vídeo