Hoje astro do São Paulo, Lucas não esquece sua passagem pelas categorias de base do Corinthians, entre 2002 e 2005. Nesta quarta-feira, pela primeira vez na temporada, o meia-atacante colocará em campo as cobranças por um bom resultado no Morumbi contra as lembranças do período no Parque São Jorge.
"Ficaram na memória algumas coisas que conquistei na base do Corinthians e tudo que vivi ali, os momentos em que eu ia para o treino de metrô e ônibus, as brincadeiras com os companheiros. Tudo que aprendi, não esqueço, e esses momentos fizeram parte do meu desenvolvimento. É o que guardo", disse o jogador do São Paulo.
No início de 2006, aos 15 anos, o meia-atacante decidiu trocar de clube porque seu pai alegava que o Corinthians não cumpriu a promessa de dar ao filho um trabalho de fortalecimento muscular. Também agradou o fato de o São Paulo ter um alojamento em Cotia, o que evitava as longas viagens que o garoto fazia para treinar no Corinthians.
Cinco anos mais tarde, em sua terceira partida como profissional, o jogador, em agosto de 2010, teve a primeira oportunidade de enfrentar sua ex-equipe e perdeu por 3 a 0 no Pacaembu, pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Em novembro, outro encontro e nova derrota, desta vez, por 2 a 0, no Morumbi.
Desde então, Lucas foi impedido de enfrentar o Corinthians por causa da Seleção Brasileira. Tanto na primeira fase do Paulistão, com vitória tricolor por 2 a 1 na Arena Barueri no jogo do centésimo gol de Rogério Ceni, quanto na goleada sofrida por seus colegas por 5 a 0 no Pacaembu, no primeiro turno do Brasileiro, o jogador não pôde atuar por ter sido convocado por Mano Menezes.
"É sempre ruim ficar fora de jogos muito importantes como esses, mas foi por uma boa causa, é sempre um prazer servir à Seleção. Agora vou ter a oportunidade de enfrentar o Corinthians e espero vencer", disse Lucas, que afirmou ter sofrido tanto quanto seus colegas pela goleada no Brasileiro.
"Foi uma derrota que ninguém esperava, mas acontece no futebol. Fiquei um pouco de tempo longe após aquela derrota (disputando a Copa América), mas fiquei triste por não ter participado. Agora passou. É outro momento e temos que buscar essa vitória", disse o jogador, que afirmou não ter preparado uma comemoração especial para o caso de fazer um gol contra sua ex-equipe.
"Não ensaio comemoração nenhuma. Comemoro o gol do jeito que vem à cabeça na hora. É uma emoção muito boa, fico naquela adrenalina. Fazer gol em clássico é diferente, sempre especial, inclusive para a torcida. Mas penso também em ajudar meus companheiros, dar assistência, marcar, correr... O importante é vencer", disse o meia-atacante, que já balançou as redes de Palmeiras e Santos como profissional do São Paulo.