Miriam Belchior defende o aumento do IPI para veículos importados

 

Economia - 19/09/2011 - 17:04:32

 

Miriam Belchior defende o aumento do IPI para veículos importados

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão considerou essenciais para a defesa da indústria nacional medidas adotadas pelo governo para o setor automotivo

Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão considerou essenciais para a defesa da indústria nacional medidas adotadas pelo governo para o setor automotivo

A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, considerou essencial para a indústria nacional o aumento de 30% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos importados anunciado pelo governo na última semana. "Nosso objetivo foi o de defender a indústria nacional da ação predadora de algumas empresas e países e este é um princípio do qual o governo não abrirá mão", afirmou a ministra durante Almoço-Debate do LIDE - Grupo de Líderes Empresariais, realizado hoje no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo. 

Indagada pelos empresários e pelo presidente do LIDE, João Doria Jr., sobre a ausência de discussão com o setor, a ministra afirmou que houve pleno consenso no governo para a adoção da medida, "mas não quer dizer que não possamos refletir sobre ela". João Doria Jr. afirmou que o aumento do IPI "rompe o direito do consumidor de fazer a sua melhor opção". Em sua opinião, o melhor seria estimular o mercado nacional ou a vinda de empresas que não estão no País.

 Ele lembrou que o LIDE entende que os importadores de veículos são tão empresários quanto os produtores e que o Grupo de Líderes é também contrário ao protecionismo e, entre aplausos dos empresários, perguntou à ministra se o governo não teme que a medida afaste os investimentos externos. "Acredito que os investidores vão adaptar seus negócios para a nova realidade brasileira", sustentou a ministra.  

Durante o Almoço-Debate, ela fez um balanço dos principais resultados dos Programas de Aceleração do Crescimento (PAC) 1 e 2 nos últimos anos e assumiu o compromisso de cumprir as metas destes programas. 

Segundo ela, foram investidos R$ 657,4 bilhões em obras até 2010 pelo PAC 1, sendo que, deste total, 82% das obras foram concluídas em 2010. Já o PAC 2 tem investimentos previstos de R$ 955 bilhões de 2011 a 2014, sendo que 74% das obras previstas neste programa serão realizadas até 2014.  

Ela destacou o crescimento dos níveis de emprego no País nos últimos oito anos: foram 17 milhões de novos postos no período.  "Além de o Brasil ter criado muito emprego, na área de infraestrutura criou ainda mais,  acima da média geral", disse. "O setor privado teve que aumentar a competitividade de suas obras e fazer parcerias entre empresas diferentes para garantir uma logística otimizada entre elas", afirmou.  "Temos convicção de que as parcerias público-privadas são o melhor caminho para investir. " 

A ministra mostrou cautela, mas muita decisão no andamento para obras da Copa e Olimpíadas. Ela avaliou que os projetos estão dentro do cronograma, no que diz respeito a aeroportos, mobilidade urbana e construção de estádios. "Dez estádios brasileiros estão dentro do cronograma; somente São Paulo e Natal estão um pouco atrasados, mas São Paulo já está recuperando esse atraso", observou.  

Clima empresarial - O índice LIDE-FGV de Clima Empresarial, mensurado durante o Almoço-Debate com a ministra Miriam Belchior, ficou em 6,3%, estável em relação ao último levantamento, realizado em agosto deste ano. De acordo com a pesquisa, 56% dos empresários entrevistados disseram que, em 2011, seus negócios serão melhores, se comparados a 2010. Outros 31% afirmaram que a situação permanecerá estável e 13% apostaram em piora.

O levantamento apontou ainda que 49% dos empresários planejam contratar este ano, ante 44% que pretendem manter o nível atual de empregos e 7% que esperam demitir. Na  última pesquisa realizada em agosto, o índice de empresários que consideravam a demissão era de 11%. Em relação a 2012, o otimismo é maior: 70% dos entrevistados disseram prever aumento de receita em relação a este ano. Outros 23% acreditam que o faturamento de suas empresas será mantido e apenas 7% apostam numa queda de receita. Entre os fatores que impedem o crescimento das empresas, a carga tributária foi apontada por 74% dos empresários como principal obstáculo.

Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão considerou essenciais para a defesa da indústria nacional medidas adotadas pelo governo para o setor automotivo

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