Irã nega acusações e protesta na ONU contra afirmações dos Estados Unidos

 

Internacional - 12/10/2011 - 08:02:27

 

Irã nega acusações e protesta na ONU contra afirmações dos Estados Unidos

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

A acusação sobre um plano para matar o embaixador da Arábia Saudita em Washington é uma "conspiração maligna" de parte dos Estados Unidos, afirma o Irã

A acusação sobre um plano para matar o embaixador da Arábia Saudita em Washington é uma "conspiração maligna" de parte dos Estados Unidos, afirma o Irã

O FBI anunciou na terça-feira, 11, que agentes americanos frustraram o que foi chamado de "atentados hollywoodianos" ligados ao Irã. O plano incluiria o assassinato do embaixador saudita nos Estados Unidos e ataques a bomba contra as embaixadas saudita e israelense em Washington. No entanto, o Irã rechaçou o envolvimento no mesmo dia. "É um cenário planejado para desviar a atenção da opinião pública americana dos problemas internos dos Estados Unidos", afirmou o conselheiro de imprensa do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

O procurador-geral dos EUA, Eric Holder, e o diretor do FBI, Robert Mueller, realizaram coletiva de imprensa no Departamento de Justiça, em Washington, para anunciar o plano terrorista, que já era do conhecimento do presidente Barack Obama desde junho. As autoridades federais americanas acusaram membros do alto escalão do governo iraniano. Duas pessoas foram indiciadas, ambas iranianas - Mansor Arbabsiar, 56 anos, naturalizado americano, e Gholam Shakuri, membro do grupo de elite militar Al-Qods, com base no Irã, que permanece foragido.

Em resposta, o governo iraniano se manifestou sobre a acusação dos EUA. "O governo americano e a CIA têm uma ampla experiência em desviar a atenção da opinião pública dos problemas internos dos EUA. Agora, temos que esperar para saber os detalhes desse cenário planejado, para descobrir os objetivos do governo americano", insistiu Ali Akbar Javanfekr, conselheiro de Ahmadinejad.

Complô
Os EUA descobriram o plano através de um complô no qual um agente secreto americano no México se passou por um narcotraficante para realizar o atentado. Mansor Arbabsiar foi detido no dia 29 de setembro ao voltar do México, após várias reuniões com esse falso narcotraficante. Os dois agentes iranianos prepararam um ataque que poderia ter terminado com a explosão de uma bomba em Washington.

O Departamento de Justiça deve apresentar Arbabsiar perante um juiz em Nova York nesta terça-feira para acusá-lo de complô "dirigido por facções do governo iraniano para assassinar um embaixador estrangeiro em solo americano, através de explosivos", detalhou Holder. O complô foi "concebido, financiado e dirigido a partir do Irã", insistiu o procurador-geral.

A operação, que os americanos batizaram de Coalizão Vermelha, teve início em maio quando Arbabsiar entrou em contato com o agente secreto da Administração Antidrogas (DEA) no México. Arbabsiar queria que o suposto narcotraficante, que dizia fazer parte de um cartel mexicano, se encarregasse do ataque em troca de US$ 1,5 milhão.

Os EUA listam o Irã como Estado patrocinador do terrorismo desde 1984. De lá para cá, o governo de Teerã sempre negou as acusações do ocidente. Por sua vez, Arábia Saudita e Irã são inimigos ferozes em um longo conflito político alimentado por rivalidades sectárias no Oriente Médio. Os sauditas, território onde predomina uma monarquia sunita com população muçulmana, se sentiram ameaçados pela liderança xiita do Irã desde a revolução de 1979, quando o xá Mohammad Reza Pahlavi foi deposto e substituído por um governo teocrático.

Irã nega acusações

A acusação sobre um plano para matar o embaixador da Arábia Saudita em Washington é uma "conspiração maligna" de parte dos Estados Unidos, afirma o Irã em um protesto realizado na noite de terça-feira na Organização das Nações Unidas.

Em carta enviada ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e ao Conselho de Segurança, o embaixador de Teerã Mohammad Khazaee "condena categoricamente e nos termos mais enérgicos esta vergonhosa acusação dos Estados Unidos, e deplora uma bem pensada conspiração maligna alinhada à política americana anti-iraniana". "O Irã sempre condenou o terrorismo, sob todas as formas e manifestações", e é uma vítima. "Um claro exemplo disto é o recente assassinato de vários cientistas nucleares (iranianos) por parte do regime sionista, apoiado pelos Estados Unidos".

Washington acusou ontem o Irã de tentar assassinar o embaixador saudita em Washington através de um complô no qual um agente secreto americano no México que se passava por narcotraficante foi contatado. Segundo a imprensa americana, o atentado faria parte de um ataque mais amplo contra as embaixadas saudita e israelense em Washington.

A acusação sobre um plano para matar o embaixador da Arábia Saudita em Washington é uma "conspiração maligna" de parte dos Estados Unidos, afirma o Irã

A acusação sobre um plano para matar o embaixador da Arábia Saudita em Washington é uma "conspiração maligna" de parte dos Estados Unidos, afirma o Irã

A acusação sobre um plano para matar o embaixador da Arábia Saudita em Washington é uma "conspiração maligna" de parte dos Estados Unidos, afirma o Irã

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