Projeto de Lei de deputado petista é contra o talento esportivo

 

Esporte - 24/11/2011 - 16:30:57

 

Projeto de Lei de deputado petista é contra o talento esportivo

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Projeto de lei do deputado Dr. Rosinha (PT/PR), pretende proibir a prática do Tiro Esportivo por crianças e adolescentes além de impedir seu acesso aos clubes de tiro

Projeto de lei do deputado Dr. Rosinha (PT/PR), pretende proibir a prática do Tiro Esportivo por crianças e adolescentes além de impedir seu acesso aos clubes de tiro

Pelo projeto, apenas pessoas previamente autorizadas, com porte ou guia de trânsito, poderiam freqüentar os clubes e, ainda assim, mediante comprovação freqüente de todos os requisitos que a lei estabelece para sua concessão.

Especialistas criticam fortemente o projeto, ao qual atribuem ausência de fundamentação válida e, mesmo, ser ele fruto de grande desconhecimento do tema que se pretende regular. “O projeto já parte de uma premissa equivocada, esquecendo que a regulamentação do Tiro Esportivo, pela própria lei, é atribuição do Exército Brasileiro”, é o que afirma Fabricio Rebelo, diretor da ONG Movimento Viva Brasil para Colecionadores, Atiradores e Caçadores – CAC.

Para o especialista, o projeto confunde a prática esportiva com a aquisição de armas de fogo, o que seriam institutos completamente distintos. “Não se pode exigir daquele atleta iniciante no esporte, que com ele vai ter seus primeiros contatos, que já cumpra toda a burocracia exigida para a compra de uma arma. Isso, na prática, somente cria ainda mais dificuldades para um esporte tão estigmatizado e impede o aparecimento de novos talentos, sem absolutamente nenhum benefício social”, afirma Rebelo, que ainda compara “é a mesma coisa de se exigir de quem vai jogar bola que antes tire seu registro de atleta profissional”. Para ele, os clubes de tiro seriam ambientes seguros, sem nenhum risco para aqueles que o freqüentam, sejam crianças ou não. “O grande problema é que, de relação ao esporte do Tiro, se busca regulamentar o que não se conhece. Antes de proporem exigências descabidas, os legisladores deveriam procurar conhecer o esporte e os ambientes em que ele é praticado”, afirma o especialista.

Rebelo também contesta a justificativa para a proposta. “É incrível que um projeto de lei com um impacto tão grande se baseie numa notícia de jornal que sequer foi investigada e, muito menos, comprovada. No entanto, é essa a justificativa que se registra no texto da proposição”.

A proposta, segundo o diretor apresentaria um vício de inconstitucionalidade, pois violaria o art. 217 da Constituição Federal: “O Estado tem o dever de fomentar a prática desportiva, e não dificultá-la, como se pretende com essa proposta. Certamente esse vício será constatado e o texto será rejeitado”, conclui.

Já para o presidente do Movimento Viva Brasil, Bene Barbosa, esse tipo de legislação revela uma pretensão crescente do Estado em intervir na vida privada do cidadão: “o texto do projeto retira mais uma parcela da autonomia dos pais sobre a criação de seus filhos, impedindo-os, muitas vezes, de seguir no mesmo esporte ao qual se dedicam, é a nítida cultura do proibir por proibir”, afirma.

Barbosa conclui com uma provocação: “Perguntem aos atletas brasileiros que conquistaram as medalhas no último Pan-Americano se eles conseguiriam ter iniciado no esporte com uma legislação dessa. Será que exemplos tão positivos para o país não valem nada para os legisladores?”

Arquivo Grupo @HORA

Promessa Olímpica foi cortada do Pan

A Confederação Brasileiro de Tiro Esportivo (CBTE) causou polêmica ao cortar uma atleta da comitiva que foi ao Pan-Americano de Guadalajara por conta da interpretação equivocada do número de vagas disponíveis para o país na competição. A atiradora em questão, Cibele Breide, já anunciou que vai abandonar o esporte depois da decepção. Só que tem mais.

A mineira Thaís Moura, que estava escalada para a disputa da prova de 25 metros com calibre 22, não participou da competição. Segundo o Estatuto do Desarmamento, menores de 25 anos não podem portar armas de fogo. A atleta tem apenas 20 e é considerada uma das principais promessas da modalidade no país.

Projeto de lei do deputado Dr. Rosinha (PT/PR), pretende proibir a prática do Tiro Esportivo por crianças e adolescentes além de impedir seu acesso aos clubes de tiro

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