O secretário estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Carlos Alberto de Carvalho, disse na última quarta-feira que a Capitania dos Portos vai investigar por que o radar do aerobarco não identificou a presença da chata antes da colisão entre as embarcações na Baía de Guanabara, na noite de ontem. No acidente, 40 pessoas ficaram feridas, três com gravidade.
O secretário reafirmou que a principal causa do acidente foi o fato de a chata estar parada exatamente na rota dos aerobarcos que navegam entre Rio e Niterói. Segundo ele, a chata possuía uma sinalização, mas, por ser bastante precária, não pôde ser vista pelo comandante do aerobarco. O secretário considera preocupante o fato de a chata estar no meio da rota e também de não existir comunicação entre as embarcações.
De acordo com o coronel, continuam internados no Hospital Souza Aguiar três homens - um com traumatismo craniano, outro com traumatismo no tórax e o terceiro com fraturas múltiplas. Os outros passageiros já teriam sido liberados dos hospitais.
Segundo a Defesa Civil, o acidente poderia ter sido mais grave se em lugar da chata estivesse outro tipo de embarcação. Carlos Alberto de Carvalho disse que o fato de o aerobarco navegar com a proa levantada amorteceu o choque, já que ele ficou por cima da chata.
- O impacto teria sido muito maior e as vítimas teriam sofrido mais se o acidente tivesse sido com outro tipo de embarcação, mais alta que a chata - explicou o secretário.
O aerobarco e a chata foram levados para um estaleiro.
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