A taxa de desemprego em maio foi de 12,8%, a maior nos últimos 12 meses. Manteve-se praticamente estável em relação à de abril (12,4%). Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, o número de desempregados aumentou, mensalmente, nos primeiros cinco meses deste ano.
Na comparação com maio de 2002, a população economicamente ativa aumentou 6,6%: foram mais 950 mil pessoas no mercado de trabalho. Entretanto, a população desocupada aumentou em aproximadamente 360 mil pessoas. Desse total, 71% são são de mulheres.
Recife e São Paulo apresentaram a maior taxa de desemprego, com aumento de 2,5 e 2,4 pontos percentuais, respectivamente. Já a região metropolitana do Rio foi a única a registrar queda na taxa de desocupação, de 1,4 ponto percentual. Em Salvador e Porto Alegre praticamente não ocorreu variação.
Verificou-se aumento de 6,9% no número de empregados sem carteira, uma variação menor que a de abril/abril: (9,1%). O número de empregados com carteira praticamente não se alterou na comparação mensal, embora tenha aumentado 3,2% na comparação anual.
Por atividades, a variação mensal positiva mais significativa ocorreu na indústria extrativa e de transformação e distribuição de água, luz e gás (2,9%), e a queda (-2,9%) na construção civil.
Na comparação anual, destacam-se o grupo de intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados à empresa, o grupo da indústria extrativa e de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água e o grupo da construção, que apresentaram variação positiva de 12,0%, 10,1% e 9,9%, respectivamente. Em 12 meses, 520 mil pessoas voltaram para o mercado de trabalho. A população economicamente ativa com 50 anos ou mais (15,4% da população economicamente ativa) teve uma variação positiva de 15,5%.
Rendimento
O rendimento médio do trabalhador, por sua vez, caiu 2,9%, em relação à abril e 14,1% em relação a maio e alcançou R$ 841,00.
Em relação a abril, houve queda no rendimento dos empregados com carteira assinada (R$ 871,80) e sem carteira assinada (R$ 537,80) e ganho no rendimento dos trabalhadores por conta própria (R$ 664,50): -3,0%, -1,3% e 1,2% respectivamente.
A queda no rendimento médio, na comparação maio de 2003/ maio de 2002, foi bem mais acentuada do que a observada na comparação abril de 2003/ abril de 2002. Este comportamento foi verificado com maior intensidade na região Metropolitana de São Paulo.
Na comparação anual, a pesquisa confirma a tendência de queda em todas as categorias de ocupação no setor privado, observada desde janeiro de 2003: trabalhadores por conta própria (-22,1%), empregados sem carteira assinada (-12,0%) e empregados com carteira assinada (-8,1%).
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