Não será estabelecida uma taxa de juros para os empréstimos oferecidos pelos bancos aos trabalhadores com carteira assinada. Mas segundo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, como o desconto ocorrerá no contracheque, os juros deverão ser os mais baixos possíveis em função da concorrência entre as instituições financeiras e dos acordos entre os sindicatos e as empresas.
A intenção é atender a todos os trabalhadores da iniciativa privada e funcionários públicos, mas existe a possibilidade de beneficiar, também, os aposentados. Appy não soube informar, porém, qual o volume de recursos que isso envolveria, mas disse acreditar que se trata de bilhões de reais. A idéia tanto do governo, quanto dos sindicatos, é colocar as medidas em prática o mais rápido possível. Hoje, banqueiros, trabalhadores e o governo se reuniram durante aproximadamente duas horas, em Brasília, para discutir as medidas que irão reduzir o custo dos empréstimos para os trabalhadores e aumentar o volume de crédito. Ao final do encontro, um protocolo de intenção foi assinado. Os empresários não foram convidados, mas o governo acha que em outras reuniões a presença deles será importante. Não houve um acordo, no entanto, sobre a parcela do salário que pode ser comprometida nos empréstimos.
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