Ministro José Dirceu promete revolução social

 

Nacional - 07/01/2003 - 16:08:55

 

Ministro José Dirceu promete revolução social

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Pacto Ministro toma posse e reafirma vocação socialista e de esquerda do partido

Pacto Ministro toma posse e reafirma vocação socialista e de esquerda do partido

O novo ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, assumiu o posto afirmando que o governo vai promover uma “revolução social” para tentar reduzir as desigualdades do Brasil. Dirceu explicou que para cumprir esse objetivo o governo aceitou promover um amplo pacto social com o empresariado, além de aumentar o alcance da aliança política que sustentou a campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dirceu ressaltou que, agora, é a hora também do empresariado nacional ajudar na tarefa de redução das desigualdades sociais. “Nós, um partido de esquerda e socialista, e é sempre bom lembrar isso, estendemos a mão para o empresariado brasileiro e propusemos um pacto. Mas é preciso que se deixe claro que esse pacto tem duas direções. É preciso defender o interesse nacional, a produção e o desenvolvimento do país. Mas a contrapartida é a distribuição de renda, a justiça social, a eliminação da pobreza e da miséria”, disse Dirceu em seu discurso de posse, ontem no Planalto. Dirceu afirmou que o movimento político feito pelo PT deve receber reciprocidade do empresariado na tarefa de ajudar a dividir melhor a riqueza do Brasil. “Não pode haver uma estrada só, em uma direção só. Não é aceitável que novamente o País resolva os seus problemas financeiros, resolva os seus problemas econômicos, tenha um crescimento e esse crescimento não transforme em maior participação do trabalho na renda nacional. Porque essa participação caiu pela metade nos últimos vinte anos”, citou. A linha de discurso adotada por Dirceu não representa a possibilidade de radicalização das ações do governo petista. Na verdade, foi apenas uma sinalização clara da intenção do partido de priorizar o combate à exclusão social. “Sem uma distribuição de renda, uma revolução na Educação, sem o combate à pobreza, também não haverá crescimento econômico duradouro e sustentável. Todos nós sabemos que a atual concentração de renda e as desigualdades sociais levarão o País a um impasse social, cultural e institucional. E que não é possível viabilizar o desenvolvimento econômico do País sem uma ampla distribuição de renda. Porque essa concentração de renda é impeditiva ao crescimento econômico”, afirmou Dirceu. Ele também adotou o discurso de parceria, proposta no dia da posse por Lula. “Seremos capazes de superar esse momento se houver participação popular, se houver uma mobilização nacional. O presidente Lula, em seu pronunciamento, deixou claro esse compromisso. Somente com um novo contrato social, somente com um pacto social, somente com a mobilização nacional, somente com a participação popular, o Brasil enfrentará os seus problemas neste começo de milênio.” Para evitar qualquer dúvida sobre sua sintonia com a posição do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, Dirceu fez questão de deixar clara sua intenção de trabalhar coletivamente dentro do governo. Durante o período de transição, chegou a haver ruído entre os dois ministros por conta dos estilos diferentes. Ambos garantem que nunca houve qualquer problema de relacionamento. Dirceu quis demonstrar que o relacionamento com Palocci é perfeito. “Quero dizer ao País e de maneira especial a ele que contará, como já está contando, com meu apoio para o exercício desse difícil cargo de Ministro da Fazenda. Palocci, pode ter certeza de que você terá no José Dirceu, na Casa Civil, uma fortaleza para defender a política econômica decidida pelo presidente Lula. Que o País saiba que o governo está unido, que o presidente Lula já deu as orientações para o início do governo e que nós vamos cumpri-las”, garantiu. A posse de Dirceu foi prestigiada por dois ex-presidentes. O senador José Sarney (PMDB-AP) e o ex-governador de Minas Itamar Franco participaram da solenidade e disseram confiar no sucesso do governo Lula.

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