|
O governo federal já criou as bases para que o país trilhe por um novo caminho, reativando, gradativamente, as ações que levarão ao crescimento sustentável da economia. A afirmação foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sinalizou ao empresariado que a maioria dos obstáculos que impediam a retomada do desenvolvimento já foi removida. “A estrada que nos levará ao crescimento, ao desenvolvimento sustentável da economia, foi cuidadosamente refeita e as pedras em grande parte removidas do caminho”. O presidente participou da entrega do prêmio "Melhores e Maiores", da Revista Exame, ao empresário Antonio Ermírio de Moraes, representante do Grupo Votorantin, escolhido como o de melhor desempenho nos últimos 30 anos.
De acordo com o presidente Lula, este novo momento em que vive o governo não está apenas fundamentado no início do corte na taxa básica de juros, a Selic, cujo índice anual caiu, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), de 26,5% para 26%, e muito menos nos indicadores que apontam queda inflacionária em sintonia com a meta perseguida pelo governo.
Na avaliação do presidente, a nova marcha tem a ver em grande parte com o esforço do governo no sentido de sanear as contas públicas. "E é também por isto que não há intenção de se recomendar o aumento da carga tributária". O presidente assegurou que “não há sustos, não há mágicas e não há um coelho para se tirar da cartola, o que há é muito trabalho, seriedade e amor a este país”.
Sobre o encaminhamento da proposta de reforma previdenciária, voltou a garantir que o objetivo é corrigir injustiças e evitar que distorções possam impedir em pouco tempo que existam reservas para o pagamento de aposentadorias e pensões. ”Violação maior ao direito adquirido seria se o governo deixasse no futuro, não muito distante, de honrar as aposentadorias e pensões por absoluta falência de caixa”.
De acordo com o presidente Lula, foi superado no país o estigma de que adversários não poderiam dialogar. “O governo não abre mão de suas convicções e compromissos e nem exige de seus interlocutores, mas faz todo o empenho para negociar propostas em busca do maior consenso possível”.
Ao receber do presidente o prêmio auferido á holding que dirige, o empresário Antônio Ermírio de Moraes limitou-se a proferir três palavras em agradecimento: modéstia, simplicidade e humildade. O presidente Lula fez questão de dizer ao empresário, que reconhecia o seu esforço em também se preocupar com a o crescimento econômico e com a maior distribuição de renda.
Entre os presentes também estavam o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, o secretário de Comunicação do Governo, Luiz Gushiken, e o empresário Oded Grajew, assessor especial do presidente. O presidente Lula observou que Furlan acabou virando o “mascate” que tem a missão de ampliar as chances de venda dos produtos brasileiros no exterior.
O presidente reconheceu que há um trabalho árduo a ser enfrentado para acabar com as mazelas sociais depois de tantos e tantos anos de estagnação e desvalorização social, mas que acredita que este quadro poderá ser superado. “O Brasil tem condições e capacidade para forjar gradativamente um caminho diferente e melhor”. Segundo ele, nesses seis meses de governo foram criadas as bases para o país construir um alicerce consistente no sentido de alcançar a estabilidade e retomar o crescimento econômico susrtentável.
|
