Sindicatos dos servidores no ABC vão aderir à paralisação

 

Politica - 08/07/2003 - 13:37:49

 

Sindicatos dos servidores no ABC vão aderir à paralisação

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Os sindicatos de funcionários públicos do Grande ABC estão se articulando para apoiar a paralisação convocada pela Plenária Nacional dos Servidores Públicos Federais para esta terça. A decisão da greve foi tomada recentemente por cerca de 350 delegados sindicais, que representam 11 entidades e aproximadamente 800 mil funcionários. A greve é contra a reforma da Previdência, enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso Nacional. A maioria dos sindicatos do Grande ABC mandará representantes em atos que acontecerão em Brasília. O Sindicato dos Servidores Públicos de Mauá, que comandou em junho uma greve de 13 dias na cidade, está entre os que vão enviar diretores à capital, segundo informou a advogada da entidade, Eliana Lúcia Ferreira. "Além da paralisação, será programada uma marcha para o dia 19", afirmou. O diretor de imprensa do sindicato em Mauá, Carlos Wilson Tomaz, acredita que a proposta de reforma da Previdência tem "arranhado" a imagem dos funcionários públicos. "Estão prejudicando e marginalizando o servidor publicamente." O presidente do sindicato de Santo André, Jaime de Almeida, disse que a reforma do jeito que está vai prejudicar os funcionários públicos e citou como exemplo a taxação dos inativos. "O trabalhador já trabalha a vida toda e depois de aposentar terá de contribuir de novo. Não dá para aceitar isso. Infelizmente, estão tirando o dinheiro do trabalhador para manter os acordos internacionais". A presidente do Sindicato dos Servidores de São Bernardo, Vânia Aparecida de Souza, disse que a entidade vai mandar representantes para Brasília para participar das manifestações. "Nossa posição é diferente dos servidores federais. Não somos contra as reformas, porém queremos discutir alguns pontos que entendemos que precisam ser melhorados". Vânia disse que concorda com a posição da CUT (Central Única dos Trabalhadores) sobre a importância da reforma previdenciária. O presidente do sindicato de Ribeirão Pires, Roque Barboza de Lima, disse que na sua cidade haverá uma assembléia nesta segunda para definir qual a posição da categoria vai tomar diante da paralisação. "Do jeito que falam sobre a reforma parece que o câncer do Brasil é o servidor público e não é dessa forma." Ele discorda do fim da aposentadoria integral para a categoria. "Quando eu fiz o concurso público sabia que não tinha Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, mas em compensação teria a aposentadoria integral." O presidente do sindicato de Rio Grande da Serra, Hilton Olivares, disse que é a favor da reforma, mas é preciso mudanças com relação aos descontos dos inativos. "Somos contra as altas aposentadorias. Em um país onde o salário mínimo é R$ 240 não dá para aceitar aposentadorias de R$ 50 mil", afirmou. A direção do Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema disse que vai para Brasília. "Estamos tratando desse assunto no nosso jornal e vamos até realizar um seminário no dia 12 para discutir a reforma", afirmou o presidente da entidade, Damião Sudário da Silva. O sindicato de São Caetano não deu retorno para se posicionar.      

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