Os fiscais da Receita estão parados em todo o Brasil por três dias a partir de hoje unidos com os demais funcionários públicos contra a Reforma da Previdência, disse à Agência Estado o vice-presidente da Delegacia Regional do Rio da Unafisco Sindical, Pedro De La Rue. Nas últimas três semanas, os fiscais da Receita fizeram paralisações de 48 horas semanais e no próximo dia 10 vão deliberar em assembléias em todo o Brasil se farão greve por tempo indeterminado.
"A paralisação de auditores fiscais da Receita tem efeito na área aduaneira, causando embaraços ao comércio exterior, e também na redução da arrecadação", disse De La Rue.
São Paulo
A paralisação dos técnicos da Receita Federal no Estado de São Paulo já chegou a 90% da categoria, disse o coordenador geral da categoria, José Henrique Pereira, pouco depois do meio-dia. Os técnicos ficarão em greve por 48 horas, enquanto os auditores da Receita ficarão por 72 horas. A greve no momento atinge o setor de comércio exterior, disse José Henrique Pereira.Um balanço nacional da greve será feito à tarde pelo presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos, Reynaldo Puggi.
Rio Grande do Sul
Os técnicos e fiscais da Receita Federal começaram hoje paralisação por tempo determinado no Rio Grande do Sul, como parte da mobilização do funcionalismo contra a proposta de reforma da Previdência. O diretor de finanças do Sindicato N acional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) no Estado, Marcelo Ramos de Oliveira, informou que não há atendimento ao público hoje na sede do órgão na capital gaúcha. Os fiscais irão reavaliar o movimento na quinta-feira para decidir seu futuro. Oliveira disse que a adesão dos fiscais à paralisação ocorre também nas cidades de Santa Maria, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Rio Grande e Uruguaiana.
Nas fronteiras, foi implementada uma operação-padrão, pela qual são fiscalizadas todas as cargas , informou o presidente do Sindicato dos Técnicos da Receita Federal no Estado, Paulo Ribeiro. Normalmente, 10% das cargas passam pela vistoria. Produtos tóxicos, perecíveis ou medicamentos têm prioridade na fiscalização, disse o dirigente. Os técnicos e fiscais da Receita se juntam às demais categorias envolvidas na mobilização de servidores para ato público no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre, a partir das 12h.
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