A junta médica determinada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, concluiu que a situação do deputado federal José Genoino (PT-SP) não é grave e que sua permanência no regime domiciliar ou hospitalar não é imprescindível para a continuação do tratamento de saúde a que vem sendo submetido desde que foi preso. O laudo servirá de base para Barbosa decidir se mantém a concessão ou se envia Genoino novamente para o Complexo Penitenciário da Papuda.
"Portador de cardiopatia que não se caracteriza como grave, com base nas diretrizes pertinentes da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Assim sendo, o conceito de doença cardiovascular grave (cardiopatia e aortopatia) não se aplica ao presente caso em seu contexto clínico-cirúrgico de momento atual, que se apresenta sob impressão de expectativa favorável", atesta o laudo, assinado pelo doutor Luiz Fernando Junqueira, presidente da junta médica.
Os médicos da Universidade de Brasília descartam a necessidade de tratamento do parlamentar em casa. Os profissionais disseram que o estado de saúde de Genoino “não se caracteriza como grave” e que ele pode perfeitamente receber o tratamento no Complexo Penitenciário da Papuda, onde estava preso na semana passada. As declarações dos profissionais isentos da Universidade vão contra o laudo do Instituto Médico Legal, que considerou a saúde do parlamentar “grave”.
O exame físico realizado pelos médicos não detectou nenhum anormalidade em Genoino. Segundo o laudo, o petista teve seu histórico avaliado e mesmo sua pressão arterial foi considerada normal, tendo marcado 12/8, além de frequência cardíaca em 62 batimentos por minutos e frequência respiratória em 13 incursões por minutos. Testes laboratoriais mostraram alteração na capacidade de coagulação de Genoino, mas ajustes na dose dos remédios foram feitas e a situação foi controlada.