O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, declarou nesta quinta-feira que o projeto de reforma tributária não vai entrar em barganha política para garantir a aprovação das mudanças na Previdência. Havia o temor que o governo pudesse mudar a distribuição da arrecadação com a Contribuição Permanente sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a Contribuição sobre Intervenção do Domínio Econômico (Cide) com os Estados para minimizar as resistências contra a reforma previdenciária.
Palocci ressaltou, antes de entrar na reunião com o relator do projeto de reforma tributária, deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), que a aprovação das mudanças nos tributos é “um trabalho difícil, complexo”. Segundo ele, há dez anos o Brasil tenta realizar esta reforma e se o governo de Luiz Inácio Lula da Silva conseguir o feito em dez meses, será uma vitória.
Os adiamentos na apresentação do relatório de Guimarães na Câmara foram minimizados pelo ministro, que afirmou que apenas com calma será possível aprovar a reforma. Nesta quinta, outro fato pode aumentar a demora na aprovação da proposta: os governadores cancelaram a reunião que teriam com Lula para discutir o tema.
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