O Brasil registrou a perda de 1.542.371 postos de trabalho em 2015, representando queda de 3,74% em relação ao estoque (número total de empregos formais) do ano anterior
O Brasil registrou a perda de 1.542.371 postos de trabalho em 2015, representando queda de 3,74% em relação ao estoque (número total de empregos formais) do ano anterior.
Os setores que mais registraram queda foram a indústria de transformação e a construção civil - 608.878 e 416.959 postos de trabalho, respectivamente.
De acordo com o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, o resultado é o pior já registrado desde 1992. "2015 foi um ano difícil. Os números não são bons", disse. "Mas as conquistas dos últimos anos estão preservadas pois o estoque de empregos continua alto", completou.
O ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, divulga o balanço do Caged de 2015: "estoque de empregos"
Agricultura
A agricultura foi o único setor a apresentar saldo positivo de vagas, com a criação de 9.821 postos. A queda no emprego foi maior nas regiões com mais indústrias e formalização do trabalho. São Paulo fechou 466 mil vagas. Minas, 196 mil, e Rio de Janeiro, 183 mil. Em dezembro, houve um saldo negativo de 596 mil postos de trabalho no País, movimento puxado pelas demissões dos trabalhadores contratados temporariamente para atender à demanda de fim de ano.
Para o ministro Miguel Rossetto (Trabalho), as vagas perdidas em 2015 não desestruturam o mercado de trabalho e não depredam consideravelmente o “estoque” de empregos criados antes. “Se tivemos um ano difícil em 2015, preservamos as conquistas importantes dos últimos anos em relação à ampliação forte do mercado de trabalho.”
Segundo Rossetto, 2015 foi um “vale”, e este ano já será de recuperação, a despeito da prevista retração na atividade econômica, inflação alta e da baixa demanda. O ministro acredita na expansão do crédito, retomada das exportações, recuperação dos mercados antes ocupados por importações, concessões e na terceira etapa do Minha Casa, Minha Vida, para garantir um melhor resultado neste ano.
Salários
Os salários médios de admissão tiveram uma queda de 1,64% no ano passado, considerada a inflação, passando a R$ 1.270,74. A queda foi maior para os homens, de 2,28%, pela forte presença masculina nos setores mais afetados pela baixa contratação e demissões. Para as mulheres, a queda foi de 0,34%. Apenas no Distrito Federal (5,39%) e no Amapá (0,96%) houve aumento real no salário de admissão.