Milhões de manifestantes ocuparam as ruas contra Dilma, Lula e o PT
Da Redação com agências
Foto(s): Divulgação / Arquivo
todos os quarteirões da av Paulista , suas ruas transversais e paralelas ficaram totalmente ocupadas neste domingo
Diversas manifestações lotaram as ruas de todo o país, com milhões de pessoas de todas as idades, raças, posição social e credos, neste domingo, 13, para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff, apoiar operações contra a corrupção, como a Lava Jato e manifestar contra Lula e o PT.
O dia de protestos convocados, principalmente, por grupos sociais teve como objetivo pressionar o Congresso Nacional para o impeachment da presidente além de demonstrar força para o governo forçando-o a refletir a grande queda da popularidade de Dilma.
A maior concentração foi realizada em São Paulo, onde as pessoas lotaram a Avenida Paulista e as vias transversais e paralelas aos gritos de "Fora Dilma", "Fora Lula" e "Fora PT". Segundo os organizadores, o protesto contou com 2,5 milhões de participantes, enquanto outro milhão tomou as ruas do Rio de Janeiro.
Em Brasília, cerca de 100 mil pessoas se reuniram em frente ao Congresso Nacional para apoiar o processo de impeachment da presidente.
O processo de impeachment contra a governante petista começou no ano passado e se encontra suspenso por "erros de procedimento" supostamente identificados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas deverá ser retomado pelo nos próximos dias.
A oposição política apoiou os protestos deste domingo, principalmente representada pelo PSDB, que participou das mobilizações. O senador Aécio Neves afirmou que hoje a sociedade demonstrou que "se cansou e disse basta" à presidente.
"Estamos juntos com todos os brasileiros, que querem e merecem algo melhor, para construir um novo caminho para o país", declarou Aécio.
Após participar de um ato em Belo Horizonte, o senador tucano foi a São Paulo, onde se juntou à manifestação organizada na Avenida Paulista na companhia do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que disse que o Brasil deve "virar a página" do governo de Dilma Rousseff.
Os protestos também foram dirigidos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que os manifestantes voltaram a representar com bonecos inflados com o traje de presidiário, o "Pixuleco".
Lula foi acusado formalmente de crimes de corrupção e já foi levado pela Polícia Federal, de forma coercitiva, para depor nas investigações da operação Lava Jato. Nesta semana, o Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva do ex-presidente, medida sobre a qual a justiça ainda não se pronunciou.
Os protestos também expressaram um claro apoio à luta contra a corrupção e ao trabalho que está sendo realizado pelo juiz Sergio Moro, responsável por comandar os julgamentos da Lava Jato, e a Polícia Federal.
Dilma passou o dia em sua residência oficial junto a seus ministros mais próximos e assessores. Sabe-se que houve reunião de emergência após as manifestações, mas o governo, até o fechamento da matéria, não havia emitido nenhuma nota oficial.
A única resposta prevista até agora são atos de apoio a Dilma Rousseff que o PT convocou para a próxima sexta-feira, 18, em todo o país, em rejeição ao que consideram "manobras golpistas" contra a governante.
Mais de 2,5 milhões ocuparam a Av Paulista em São Paulo
Manifestantes a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff tomaram a avenida Paulista além das vias transversais e paralelas, na região central da capital, na tarde deste domingo, 13. Por volta das 10h, chegaram os primeiros caminhões de som dos grupos que organizaram o protesto contra o governo.
A maior parte das pessoas vestiam as cores da bandeira nacional, o verde e amarelo, e muitos carregavam a Bandeira Brasileira. Os manifestantes ocuparam a via que, aos domingos, costuma ser fechada aos carros e usada como rua de lazer. Dois bonecos infláveis gigantes, um representando Dilma (Bandilma) e outro o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Pixuleco) em roupas de presidiário, foram instalados no centro da avenida. Nos acessos à via, ambulantes vendiam réplicas do boneco e bandeiras do Brasil.
A Polícia Militar esteve presente com um grande contingente, inclusive dois veículos blindados na altura da rua da Consolação. A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) levou um pato inflável gigante e está distribuindo balões amarelos como protesto contra a alta carga tributária.
O empresário Aloísio Fábio de Oliveira, 37 anos, disse que uma das principais razões para estar no protesto é a indignação contra a corrupção. “Vim porque acho que precisa acabar com essa roubalheira. Ensinar para a minha família o que é civismo. Ver se a gente consegue mudar alguma coisa nesse país que está difícil, bem difícil”, ressaltou.
No entanto, Oliveira não está certo de que a saída da presidenta vá, sozinha, ser a solução dos problemas do país. Para ele, é preciso continuar a pressionar o governo, mesmo que haja o impeachment. “A ideia é mostrar para os governantes, é mostrar que se ela [Dilma] vai e não faz bem, nós vamos tirar até alguém que faça bem”, acrescentou o empresário que veio ao ato com a esposa e o filho.
Além dos movimentos que têm organizado os atos contra Dilma, como o Vem pra Rua, Revoltados Online e Movimento Brasil Livre, parlamentares e celebridades estiveram na Paulista.