A enxaqueca afeta aproximadamente 35 milhões de brasileiros, ou seja, 1/5 da população e não escolhe raça ou classe social para se manifestar. A situação é ainda mais preocupante já que poucos médicos possuem atuação direcionada ao problema e os que a têm geralmente atendem em consultórios particulares, ficando grande parte da população sem a assistência adequada. Pensando nisso, foi criado em São Paulo o Centro de Atendimento Gratuito para Prevenção da Enxaqueca. Vinculado à Associação Brasileira para a Prevenção da Enxaqueca, a iniciativa tem por finalidade orientar a população carente sobre a doença, propondo um programa de prevenção baseado em mudanças de hábitos. "A idéia é fazer com que as pessoas compreendam o problema e, através de uma técnica que envolve mudanças no estilo de vida, passem a controlar a doença", explica o clínico geral especializado em cefaléias e idealizador do projeto, Alexandre Feldman.
O atendimento consiste em consultas médicas e palestras que ensinam a prevenir e tratar a enxaqueca, de preferência, sem o uso de medicamentos. O método de tratamento é baseado no livro "Enxaqueca, Finalmente uma Saída" - uma espécie de guia assinado pelo Dr. Feldman que orienta os portadores de enxaqueca a readaptar seu modo de vida como forma de conter a doença.
O centro, que utiliza instalações cedidas pela Ação Social Claretiana, funciona à base de voluntariado, e, além do médico, conta com uma atendente e uma assistente social, que faz a triagem para definir se a situação financeira do paciente esta dentro da faixa de renda englobada pelo programa (o que se faz necessário em razão da grande procura). As consultas são marcadas pessoalmente, e os interessados devem comparecer diretamente ao local, às terças-feiras, às 8h30.
O Centro da Associação Brasileira para Prevenção da Enxaqueca funciona na Rua Jaguaribe 735, fundos, Higienópolis.
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