Luiz Marinho, PT, afirma que irá entregar Museu em homenagem a Lula a qualquer custo
Da Redação .
Foto(s): Divulgação / Arquivo
Museu do Trabalho e do Trabalhador
As obras do Museu do Trabalho e do Trabalhador, homenagem feita por Luiz Marinho, PT, prefeito de São Bernardo, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, parecem ter sido retomadas essa semana. A obra interrompida desde novembro de 2014, foi alvo de diversas denúncias e matérias jornalísticas desde seu lançamento.
A reportagem do @HORA flagrou alguns poucos funcionários no local, bem como equipamentos que possibilitariam o reinício dos trabalhos.
O abandono do local promoveu o acúmulo de lixo e água parada o que poderia tornar-se criadouro de mosquitos durante todo o período em que esteve parada.
Em matéria veiculada pela TV Globo, no programa "Bom Dia São Paulo", em 14/01/2016 (assista no final da matéria), o fato foi muito enfatizado e a área totalmente abandonada foi denunciada.
A obra foi, inicialmente, orçada em R$ 18 milhões, mas deverá ultrapassar os R$ 22 milhões. A empreiteira responsável pela obra, Construções e Incorporações CEI, é investigada pelo MPF (Ministério Público Federal) por uso de laranja no quadro societário de acordo com denúncia realizada em 2013.
A obra foi projetada para ter uma estrutura de 5 mil metros quadrados e, conforme informações do governo municipal, informações essas não comprovadas, a obra estaria 75% concluída.
A empreiteira Construções e Incorporações CEI, logo após a vitória de Luiz Marinho, PT, em 2008, promoveu a alteração do contrato social, registrado na JUCESP (veja o reistro completo), incluindo o sócio ERISSON SAROA SILVA, RESIDENTE À RUA JACANA, 74, CS 1, JARDIM CAMPANARIO, DIADEMA - SP, CEP 09931-450, NA SITUAÇÃO DE SÓCIO E ADMINISTRADOR, ASSINANDO PELA EMPRESA, COM VALOR DE PARTICIPAÇÃO NA SOCIEDADE DE R$ 3.500.000,00. As alteração foram lavradas em 05/11/2008 sob número 368.061/08-5.
Em 05/01/2012, o sócio Erisson Saroa Silva aumentou sua participação na sociedade passando para R$ 10.392.500,00, permanencendo na condição de sócio administrador assinando pela empresa.
Em 10/10/2013, após denúncia de que Erisson Saroa Silva seria um suposto sócio LARANJA (matéria publicada no @HORA em 30/09/2013)na sociedade, foi registrada na JUCESP alteração contratual com a sua saída e entrada de novo sócio, CARLOS ALVES PINHEIRO, que assumiu toda a sua participação.
Em contato com Erisson, o antigo sócio que supostamente serviu de LARANJA, informou que nada havia recebido para sua saída da sociedade que, conforme afirmou, nem sabia que tinha participação.
Em 10/02/2015, a empresa teve a separação dos sócios que estavam à frente da empreiteira, permanecendo somente ELVIO JOSE MARUSSI.
Para que a empresa permanecesse ativa, promoveu a modificação para EIRELI, ou seja, EIRELI - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, sob uma nova inscrição na JUCESP NIRE: 35600993107, mas mantendo o mesmo capital anterior de R$ 20.785.000,00.
Informações ainda não confirmadas dariam conta de que Luiz Marinho, em maio desse ano, antes do afastamento da presidente Dilma Rousseff, teria obtido autorização do Ministério da Cultura para utilizar recursos municipais para a conclusão da obra.
A Prefeitura de São Bernardo reagendou para dezembro a entrega da obra, que, após finalizada, não poderá ser utilizada para outra finalidade que não a de "museu".
Fica a dúvida quanto a novos gastos em obra com tantas irregularidades e da real necessidade e utilidade do museu em questão. Caberia uma nova discussão sobre o caso e a suspensão das obras para resguardar os cofres públicos.
