'Melancia no Pescoço'

 

Opinião - 03/06/2017 - 03:39:21

 

'Melancia no Pescoço'

 

Vicente Barone * .

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Vicente Barone é analista político, editor chefe do Grupo @HORA de Comunicação, foi executivo de marketing em empresas nacionais e multinacionais, palestrante nacional e internacional em marketing social, cultural, esportivo e trasnporte, além de ministrar aulas como professor de 3º" e 4º graus

Vicente Barone é analista político, editor chefe do Grupo @HORA de Comunicação, foi executivo de marketing em empresas nacionais e multinacionais, palestrante nacional e internacional em marketing social, cultural, esportivo e trasnporte, além de ministrar aulas como professor de 3º" e 4º graus

Existem pessoas que fazem qualquer “coisa” para aparecerem. Algumas gritam alto, outras tiram a roupa, e outras, ainda, vivem provocando situações com discursos agressivos ou provocativos usando, muitas vezes, de ironia.

Isto ocorre tanto “ao vivo” como pelas “redes sociais”.

O pior é quando praticam esses absurdos “ao vivo” e, depois, repercutem o fato pelas “redes sociais” que são capazes de atingir milhões de pessoas em um curto espaço de tempo.

A fala é algo poderoso e como dizem os nascidos na Índia, “palavras ao vento tem grande poder”.

Alguns falam sem parar, mas por falta de credibilidade, relacionamento e empatia, não produzem efeitos danosos, entretanto existem certas pessoas que, devido ao cargo ou posição social que ocupam, conseguem disseminar ideias perigosas e de caráter alienante.

Egocêntricas e narcisistas, essas figuras buscam, por meio de meias verdades ou de fatos distorcidos, promover grandes cascatas de eventos capazes de gerar verdadeiros tumultos e, às vezes, até chegar ao vandalismo com consequências de risco à vida dos indivíduos.

Os “extremos” são sempre os responsáveis por esses altos riscos. Seja ideológico, crença ou raça, as diferenças criadas são altamente contaminantes e, em curto espaço de tempo, o controle da situação escapa e enormes desastres civis são observados.

Na história humana podemos identificar vários exemplos onde o extremismo de raça, crença, ideologia e opção de gênero foram os pivôs de grandes conflitos, entre eles as Cruzadas, a Guerra Civil Americana, a 2ª Grande Guerra Mundial, o Apartheid na África do Sul, dentre tantas outras.

Um exemplo clássico é o embate de “raças” nos Estados Unidos, principalmente nos Estados do Sul, onde encontramos o quase eterno conflito entre brancos e negros.

No Brasil, esta semana, vimos um episódio típico deste tipo de extremo. Numa mistura fútil, a deputada do PT-RJ, Benedita da Silva, tenta entrelaçar religião com ideologia.

“Quem sabe faz a hora e faz a luta. A gente sabe disso e na Bíblia está escrito que sem derramamento de sangue não haverá redenção. Vamos à luta com quaisquer que sejam as armas”, disse a deputada que foi palestrante em um seminário realizado pelo Partido dos Trabalhadores e pela Fundação Perseu Abramo, com o tema “Estado de Direito ou Estado de Exceção?”.

A mistura explosiva foi parar nas “redes sociais” com internautas que acharam um absurdo a justificativa de luta armada citando a Bíblia e outros que defendiam o uso de armamentos em luta aberta.

Como a deputada do PT, existem outras pessoas que primam por usar uma ‘melancia no pescoço’ e não perdem a oportunidade de dizerem um verdadeiro arsenal de ‘besteirol’ que podem causar prejuízos individuais ou coletivos, mas os piores são os de ‘massa’ que podem ser encarados como coletivos, entretanto possuem uma potencialidade de caos muito maior.

* Vicente Barone é analista político, editor chefe do Grupo @HORA de Comunicação, esteve à frente de diversas campanhas eleitorais, foi executivo de marketing em empresas nacionais e multinacionais, palestrante nacional e internacional para temas de marketing social, cultural, esportivo e de trasnporte coletivo, além de ministrar aulas como professor na área para 3º e 4º graus - www.barone.adm.br/?page_id=47

 



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