Cerca de 5.000 agentes federais norte-americanos serão deslocados para reforçar a segurança armada de aviões comerciais, segundo um plano anunciado na terça-feira pelo secretário da Segurança Doméstica, Tim Ridge.
Ele anunciou uma reorganização de recursos que vai resultar no treinamento de agentes federais de outras áreas para que possam atuar como guardas nos aviões. O serviço, hoje a cargo da Administração da Segurança Aérea, ficará agora sob o Departamento de Imigração e Alfândegas.
Após essa reforma, os agentes alfandegários serão treinados para a vigilância aérea e poderão ser deslocados para essa função durante períodos de alerta elevado contra terrorismo ou quando as autoridades suspeitarem que há riscos a determinadas rotas de aviões.
Milhares de agentes armados e autorizados para usar a força foram colocados nos aviões dos Estados Unidos desde os atentados de 11 de setembro de 2001. "Esse realinhamento oferece um ganho de agentes armados adicionais que podem oferecer uma 'capacidade de reação' durante períodos de ameaça elevada ou no caso de um ataque terrorista", disse Ridge em discurso.
"O importante é que só essa medida já pode representar a um contingente adicional de 5.000 agentes federais armados para os céus quando for necessário", disse Ridge, segundo quem também haverá melhor coordenação entre as autoridades.
Há cerca de um mês, a imprensa noticiou que o governo estava reduzindo o número de agentes armados nos vôos por questão de economia, apesar do receio de novos atentados como os de 11 de setembro de 2001. O departamento negou esses cortes.
Mesmo assim, o rumor provocou reação indignada no Congresso, principalmente entre democratas que acusam o governo republicano de não financiar adequadamente a segurança doméstica.
Em seu discurso, uma semana antes do aniversário dos atentados de setembro de 2001, Ridge afirmou que seu país é hoje mais seguro do que naquela época, mas admitiu que ainda há muito a se fazer.
Ele disse, por exemplo, que todos os Estados e territórios hoje têm sistemas seguros de vídeo e telefone para o melhor compartilhamento de informações sobre ameaças.
Ridge afirmou que o sistema de alerta por cores ainda não foi usado como deveria -- para alertar para riscos específicos em determinados setores. Mas garantiu que mesmo assim o sistema funciona. Atualmente, os Estados Unidos estão em alerta "amarelo" contra atentados, o grau intermediário, que significa uma "elevada" possibilidade de ataque.
"Estamos muito mais seguros sob o código amarelo hoje, senhoras e senhores, do que há um ano, quando foi lançado o sistema nacional de alerta. O código amarelo de hoje em comparação ao código amarelo de um ano atrás representa um nível inteiramente diferente de preparação. O código amarelo hoje reflete uma segurança mais forte e mais abrangente em nossas fronteiras, em nossos aeroportos e portos."
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