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O consumidor que optar em converter seu veículo para rodar com gás natural veicular (GNV), poderá economizar mais de 70% em relação à gasolina. De acordo com Ítalo Oliveto, coordenador do Programa de Gás Natural, do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), é simples constatar a economia. Ele deu como exemplo o gasto de um veículo 1.0, conhecido como carro popular: o motorista que rodar 100 km por dia, utilizando GNV vai tirar do bolso cerca de R$ 7,46. Se usar gasolina, a diferença é significativa, cerca de R$ 13,24 para percorrer a mesma distância.
Segundo o Inmetro, cerca de 700 mil veículos foram convertidos ao GNV em todo o país. Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro possuem cerca de 400 postos de abastecimento, evitando que o consumidor aguarde por horas na fila, como ocorria no início da implantação desse tipo de combustível. Atualmente cerca de 18 mil passam pela conversão, por mês, principalmente veículos utilizados no transporte coletivo e na frota de táxi. Segundo Oliveto, o número de veículos movidos com GNV no Brasil deve chegar a 1 milhão, até 2004.
Para o vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, Geraldo Rangel, que organizou o seminário “ Gás Natural Veicular : Sustentabilidade Técnico-econômica”, na capital paulista, a perspectiva para a indústria do setor deve mudar para melhor, com a informação da Petrobras, que reavaliou o volume do reservatório de gás natural encontrado na Bacia de Santos, no litoral paulista, de 70 bilhões de metros cúbicos para 400 bilhões, aumentando as reservas no país, de 231 bilhões para 631 bilhões de metros cúbicos. “A descoberta em Santos vai favorecer o mercado e dar confiança ao consumidor que optar pelo GNV”, disse Rangel.
“Nos próximos cinco anos, a utilização de veículos movidos com GNV, deverá alcançar a marca de 10% do total da frota no país, representando uma alternativa real de economia”, comentou Rangel.
A associação defendeu no seminário a criação de um selo, que está em estudo na Agência Nacional de Petróleo. Com o selo, a inspeção dos veículos movidos com GNV será facilitada, garantindo a qualidade das conversões e a segurança do usuário, explicou Geraldo Rangel. Ele garantiu que o veículo adaptado para o gás natural não perde potência no motor. Ele alertou que é importante fazer a alteração em oficinas autorizadas pelo Inmetro.
Dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) indicam que atualmente cerca de 35,6 milhões de veículos circulam pelo Brasil.
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