Jovens atendidos pelos programas da Fundação Criança de São Bernardo ganharam um reforço na busca pela inserção no mercado de trabalho. A autarquia da Prefeitura, junto com o Centro Integrado Empresa-Escola (CIEE), assinou dia 4 de setembro o convênio do Programa Adolescente Aprendiz, com o objetivo de treinar e encaminhar o jovem ao primeiro emprego.
O Programa terá início no dia 10 de setembro, na sede da Federação das Entidades para o Bem Estar do Menor (FEBES). O primeiro curso será o de aprendizagem em serviços, com a duração de 22 meses, onde o jovem participará de atividades teóricas desenvolvidas em meio período. No outro período ele fará a prática profissional em uma empresa. O participante receberá um salário/horas trabalhadas. Durante o período do curso, coordenadores da Fundação Criança e do CIEE avaliarão o adolescente. Ao final, ele receberá um certificado, se tiver cumprido 90% de freqüência e obtiver, no mínimo, a menção suficiente relativa às avaliações dos coordenadores.
A abertura do evento, feita pelo prefeito William Dib, teve como convidado de honra o ex-prefeito, Maurício Soares, e as presenças da presidente da Fundação Criança, Heloísa Helena Daniel, do supervisor de relações externas do CIEE, Márcio Ferrati, e da auditora fiscal do trabalho em São Bernardo, Selma Takano.
Dr. Dib destacou a alegria contagiante transmitida pelos 60 jovens, integrantes da primeira turma de aprendizes, presentes ao evento. "O projeto é a tradução do trabalho desenvolvido na Fundação Criança voltado à inclusão social do jovem carente de São Bernardo. A parceria formalizada hoje é mais um degrau na história recente da entidade que objetiva a transformação da vida desses adolescentes e de suas famílias, resgatando-os para uma vida mais feliz."
O Programa Adolescente Aprendiz é baseado na Lei Federal nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000, que regulamenta o trabalho do jovem, com idade entre 14 e 18 anos incompletos e devidamente matriculado no ensino fundamental ou médio, na área administrativa da indústria, do comércio e de prestação de serviços.
O estudante Bruno Luís da Silva, 14 anos, atendido pelo Abrigo da Fundação é um deles. "Pretendo aprender para garantir meu futuro. Quero ajudar minha família, estudar Direito e ser juiz." Já Suziana Maria Xavier, 16 anos, atendida no Centro de Atenção à Criança e à Juventude (CACJ) do Farina, disse que espera uma boa oportunidade no mercado de trabalho. "Todos nós estamos aguardando a chance de trabalhar e melhorar nossa vida, prosseguindo os estudos."
A presidente da Fundação Criança, Heloísa Helena Daniel, explicou que a entidade já realizou um convênio, no ano de 2001, em parceria com o SENAC e escolas particulares da cidade. "Realizamos um esforço constante no encaminhamento dos jovens usuários dos nossos serviços para o mercado de trabalho. O convênio assinado com o CIEE dá a oportunidade de capacitar os adolescentes a concorrerem com outros, em igualdade de condições, na busca do emprego."
O supervisor de relações externas do CIEE, Márcio Ferrati, acredita que o convênio é um passo importante dado junto às empresas preocupadas com as questões sociais do país. "Desenvolvemos o trabalho com a Fundação porque a entidade tem o perfil que procuramos. Estamos chamando os empresários para conhecerem o programa, incentivando-os a contratarem os jovens", ressaltou.
A auditora do trabalho, da Delegacia do Trabalho de São Bernardo, Selma Takano, disse que a instituição dará todo o suporte para que o programa de aprendizado aconteça dentro dos moldes que a lei determina. "Além de fiscalizar as empresas e assessorar as entidades vamos orientar para o cumprimento da lei. Nosso papel não é apenas fiscalizador, mas também social. Notificamos as empresas do ramo industrial, comércio e prestação de serviços, sobre o dever de contratar o aprendiz, dando prazos para a contratação. De modo geral as empresas têm de cumprir uma cota e contratar", afirmou.
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