Com concessões, Bolsonaro diz que país atrairá investimentos

 

Economia - 03/01/2019 - 08:43:00

 

Com concessões, Bolsonaro diz que país atrairá investimentos

 

Da Redação com Abr

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Bolsonaro e seus ministros

Bolsonaro e seus ministros

Pouco antes da primeira reunião ministerial após a posse do novo governo, o presidente Jair Bolsonaro usou hoje (3) o Twitter para reforçar que sua equipe vai trabalhar para atrair investimentos ao país. A área de infraestrutura está no centro da estratégia.

“Rapidamente atrairemos investimentos iniciais em torno de R$ 7 bilhões”, afirmou. A aposta baseia-se principalmente na expectativa de concessões de ferrovias além dos 12 aeroportos e quatro terminais portuários.

“Com a confiança do investidor sob condições favoráveis à população, resgataremos o desenvolvimento inicial da infraestrutura do Brasil”, disse Bolsonaro.

A declaração foi feita pouco menos de uma hora antes da primeira reunião do presidente Jair Bolsonaro com o Conselho de Ministros, no Palácio do Planalto. Com a expectativa da presença dos 22 ministros, incluindo a Advocacia-Geral da União e o Banco Central que devem perder status de ministério, Bolsonaro deve tratar assuntos prioritários, como um cronograma de medidas que devem ser adotadas nos primeiros dias de governo.

Alguns dos temas que devem compor esta agenda são a lista de privatizações e o enxugamento da máquina pública. Apenas na Casa Civil, mais de 300 funcionários foram exonerados nesta quinta-feira de cargos de confiança.


Reunião com Conselho de Ministros

Pela primeira vez desde que tomou posse, o presidente Jair Bolsonaro se reúne hoje (3), a partir das 9h, com o Conselho de Ministros, no Palácio do Planalto. Os 22 ministros devem comparecer. A reunião ministerial ocorre logo após toda a equipe anunciar as prioridades e indicar as ações de suas áreas. Dias antes de assumir o governo, Bolsonaro avisou que a intenção é definir atos que desburocratizem e melhorem a qualidade de vida dos cidadãos.

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o objetivo da reunião é discutir as primeiras medidas que devem ser implementadas. Para ele, é fundamental haver um “pacto político” entre governo e oposição. “Teremos bons ouvidos para aqueles que se opõem ao nosso governo”, disse o ministro, informando que as “disputas ideológicas podem e devem ser travadas”.

Para o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, a proposta de reforma da Previdência apresentada na gestão Michel Temer deve ser reavaliada.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que concentrará suas ações em quatro pilares: abertura da economia, simplificação de impostos, privatizações e reforma da Previdência, acompanhada da descentralização de recursos para estados e municípios.

Para o ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro, suas prioridades são o combate à corrupção e violência. Um plano anticorrupção está sendo finalizado para ser enviado ao Congresso Nacional e, paralelamente, deverá ser definida uma parceria com os estados para ampliar o sistema de segurança pública em todo o país.

O ministro da Defesa, o general Fernando Azevedo, disse que quer garantir a paz, evitar conflitos e o uso da violência. No entanto, Azevedo também defendeu mais recursos para a modernização das Forças Armadas para “dissuadir eventuais aventuras”.

A reunião ministerial ocorre após a publicação da Medida Provisória (MP) 870, que define a reestruturação do governo e os detalhes sobre as atribuições e prioridades de cada pasta e áreas específicas.

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