Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (10) que discutiu com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção individual para quem já foi vacinado contra a Covid-19 e também para quem já a contraiu.
"Queiroga vai ultimar parecer visando desobrigar uso de máscara de quem estiver vacinado ou já tenha sido contaminado".
Durante a transmissão, disse que não impôs 'nada' ao ministro da Saúde, mas que pediu o estudo sobre as pessoas poderem transitar sem máscara.
Em fevereiro, ele usou uma enquete alemã distorcida para criticar o uso de máscaras. Em agosto do ano passado, contrariando a opinião da maioria dos cientistas e especialistas, ele disse a apoiadores que a eficácia de máscara é "quase nenhuma". Um mês antes, havia vetado parte de uma lei que estabelecia o uso de máscaras em locais públicos — vetou a obrigação no comércio, em escolas, igrejas e templos.
Apesar de pessoas que tiveram a Covid-19 desenvolverem anticorpos para a doença, esta proteção não é considerada definitiva, diante do risco de reinfecção e das variantes do novo coronavírus. A orientação dos órgãos de saúde é que mesmo pessoas que já tenham tido a Covid-19 precisam se vacinar contra a doença.
“A pandemia não terminou, há muita incerteza com as novas variantes e precisamos manter os cuidados básicos para salvar vidas", afirmou Maria van Kerkhove, líder técnica para a Covid-19 da OMS.