O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), estipulou, nesta sexta-feira (13/8), prazo de até 48 horas para que a Polícia Federal (PF) explique a abertura de investigação para apurar suposto vazamento de documentos sigilosos por integrantes da CPI da Covid-19.
A abertura do inquérito foi tida como provocação entre os comandantes do colegiado. Os senadores chegaram a cogitar um possível “uso político” da corporação para intimidar os trabalhos da comissão.
Na ocasião, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), destacou que é a comissão que determina o que é ou não sigiloso e que a medida tenta obstruir os trabalhos.
No último dia 4 de agosto, A Polícia Federal determinou a abertura de inquérito para apurar o vazamento de depoimentos sigilosos enviados pela PF à CPI da Covid-19.
Os depoimentos em questão fazem parte de duas investigações em curso na Polícia Federal: uma sobre suspeita de prevaricação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e outra sobre as supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin.
Em nota, a PF afirmou que enviou a íntegra dos dois inquéritos e os depoimentos de oito pessoas gravados em vídeo e sem qualquer edição. “Em obediência às disposições processuais penais e com o objetivo de resguardar o andamento das investigações, a Polícia Federal solicitou à comissão parlamentar o necessário sigilo das oitivas”, diz.
A troca do delegado Brugger por Hylton ocorreu no mesmo dia, que coincidentemente, ocorreu no dia em que o deputado Barros, lider do governo na Câmara Federal que, conforme depoimento anterior, estaria envolvido no caso da Covaxin.