O papa João Paulo II liderou no domingo uma missa em homenagem a dois mártires da era comunista no último ato de sua visita de quatro dias a Eslováquia, que expôs a debilidade do pontífice de 83 anos.
O líder da Igreja Católica, que padece do mal de Parkinson e caminha com dificuldade, parecia estar melhor no último dia de sua viagem de número 102, e orou em tom mais alto e firme, inclusive gesticulando enquanto falava.
Entretanto, na maior parte da viagem o papa pareceu muito cansado e sua voz entrecortada por vezes falhava.
Não se tem visto o papa caminhar sem a ajuda de seus assistentes, que inclusive têm terminado vários discursos iniciados pelo pontífice.
Depois de percorrer o país em três dias, a missa de Brastislava era a atração religiosa da visita. Mais de 200 mil fiéis procedentes de toda a região acudiram o papa, no que muitos pensavam que podia ser sua última oportunidade para vê-lo com vida.
Em diversas ocasiões durante a visita o papa criticou o comunismo, contra o qual tem lutado por toda sua vida.
O papa, que nasceu na vizinha Polônia, beatificou uma monja, Zdenka Schelingova, e ao bispo Basil Hopko, dos eslovacos que foram perseguidos pelas autoridades da ex-Thecoslováquia comunista.
A beatificação é o último passo antes da canonização na Igreja Católica.
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