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O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira que a economia do país deverá crescer 1,2 por cento no terceiro trimestre deste ano e 3 por cento no quarto trimestre, na comparação com os períodos imediatamente anteriores.
"O peru será mais gordo do que no ano passado", afirmou Mantega em seminário sobre crescimento promovido pela Fecomércio-SP, ao prever a retomada da atividade.
No primeiro trimestre do ano, sufocada pelas altas taxas de juros, a economia brasileira encolheu 0,6 por cento na comparação com o quarto trimestre de 2002. No segundo trimestre, a contração foi maior --de 1,6 por cento.
Segundo Mantega, para o período de quatro anos coberto pelo Plano Plurianual 2004-2007, o Ministério do Planejamento projeta uma expansão de 18 por cento.
O ministro disse ainda que o governo ainda não decidiu se irá renovar o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), mas que, se o fizer, será sob moldes diferentes dos programas anteriores.
"O governo ainda não tomou uma posição definitiva, estamos discutindo outras condições. O (ministro da Fazenda Antonio) Palocci gostaria de incluir cláusulas sociais, mas isso ainda está em discussão", disse ele a jornalistas após o seminário.
O atual acordo com o Fundo, no valor de 30 bilhões de dólares, termina no final deste ano. Uma decisão sobre a renovação do acordo pelo governo brasileiro deverá ser tomada em outubro.
Mantega acrescentou que "a necessidade hoje é menor do que em setembro do ano passado", quando o Brasil fechou o último acordo.
Sobre a queda da arrecadação vista em agosto, o ministro afirmou que ela "não reflete a situação atual, reflete o desaquecimento anterior, no segundo trimestre".
"Prevemos uma recuperação nos próximos meses até o final do ano... Se houver a recuperação, não serão necessários cortes no orcçamento."
A arrecadação caiu para 19,758 bilhões de reais no mês passado, ante 23,473 bilhões em julho, e ficou 600 milhões de reais abaixo do que o governo projetava para o período.
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