Dólar sobe para R$ 5,18 e fecha no maior valor em quatro meses

 

Economia - 20/06/2022 - 19:25:58

 

Dólar sobe para R$ 5,18 e fecha no maior valor em quatro meses

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Marcello Casal / Abr

 

O dólar comercial encerrou o dia aos R$ 5,18. Mesmo com uma forte queda no início do dia, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) terminou esta segunda-feira (20/6) com leve aumento

O dólar comercial encerrou o dia aos R$ 5,18. Mesmo com uma forte queda no início do dia, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) terminou esta segunda-feira (20/6) com leve aumento

Em um dia de turbulências domésticas e externas, o dólar aproximou-se de R$ 5,20 e fechou na maior cotação em quatro meses. A bolsa de valores chegou a cair 1,42% durante a manhã, mas recuperou-se ao longo do dia e encerrou com estabilidade.

Depois de ensaiar uma queda expressiva ao longo da manhã, por conta da demissão do agora ex-presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) encerrou esta segunda-feira (20/6) com um leve crescimento de 0,03%.

A bolsa chegou a operar aos 98.586 pontos, em torno das 10:30 da manhã, mas ao longo do dia recuperou as perdas e encerrou o primeiro pregão da semana aos 99.852 pontos. Com isso, a bolsa brasileira não conseguiu recuperar os 100 mil pontos, marca perdida na última sexta-feira (17/6), quando o índice encerrou a semana aos 99.824 pontos — menor desempenho desde novembro de 2020.

As ações da Petrobras (PETR4) também obtiveram um bom resultado no dia, mesmo com as tensões envolvendo a troca de comando da empresa, que se prepara para receber o quarto presidente desde o início do governo de Jair Bolsonaro (PL), em 2019.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (20) vendido a R$ 5,186, com alta de R$ 0,42 (+0,81%) antes do final do prergão. Este é o valor mais alto desde 14 de fevereiro, quando a divisa tinha encerrado em R$ 5,21. A moeda chegou a operar estável na maior parte do dia, mas o pessimismo no mercado internacional nas horas finais de negociação empurrou a cotação para cima.

Em contrapartida, o dólar comercial manteve o crescimento da semana passada e alcançou o valor de R$ 5,18, ao final do pregão, com aumento de 0,85%. É a terceira subida consecutiva do câmbio da moeda norte-americana no mercado nacional.

Com o desempenho de hoje, o dólar acumula alta de 9,11% somente em junho. Em 2022, a divisa registra queda de 6,99%.

O dia também foi tenso no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 99.853 pontos, com alta de apenas 0,03%. As ações da Petrobras, as mais negociadas na bolsa brasileira, tiveram a comercialização suspensa duas vezes, após a renúncia do presidente da estatal. Os papéis, no entanto, recuperaram-se durante o dia.

As ações ordinárias (com direito a voto em assembleia de acionistas) da Petrobras fecharam o dia com alta de 0,87%. Os papéis preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos) tiveram ganhos de 1,14%. Durante a manhã, as ações da petroleira chegaram a cair 3%, logo após o anúncio da troca de comando da estatal.

Além das turbulências na Petrobras, o mercado externo também enfrentou um dia de oscilações. O dólar subiu diante das moedas de países emergentes, ainda refletindo o aumento de 0,75 ponto percentual dos juros básicos nos Estados Unidos, decidido na última quarta-feira (15) pelo Federal Reserve (Banco Central norte-americano). Taxas mais altas em economias avançadas provocam fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil.

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